domingo, 22 de março de 2015



Eide Justino Costa





Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro








Eide Justino Costa  [21-03-2015]

Edição: Martins, 1971, VOL.2:  
da p. 68: [PDF-p. 391, por aí+-]      3. PORTO-ALEGRE,  AMIGO DOS HOMENS E DA POESIA 
até a p. 70: [PDF-p. 393...+-]   [...] ”Misterioso acento, alta harmonia
                                                         Desenvolve a Natureza em seus concertos.
                                                                                 (“A meu amigo”, etc.) “ 



Nas manifestações iniciais do romantismo, Porto-Alegre parece ser um nome de pouco destaque, uma vez que não tem uma vasta obra representativa desse período. Isso, no entanto, não o exime de ter deixado suas marcas singelas no processo de formação de nossa literatura, além de nos mostrar um sublime espírito de fraternidade por seus companheiros de vida artística.


Da amizade por Debret, surge a influência e o gosto pela pintura, enquanto o vínculo com Almeida Garret transporta o autor de Colombo para a vida literária, que logo adiante se firmará com mais afinco após o encontro com Magalhães (Visconde do Araguaia), amigo a quem o autor dedicou, futuramente, o poema Rossini das Aves.


Sobre sua obra, destacam-se as poesias líricas, peças de teatro, artigos, discursos e a epopeia Colombo, citada anteriormente. Os Contornos de Nápoles, escrito que contempla exagerado sentimentalismo, representa um forte documento do período inicial do romantismo. Diria, inclusive, que, apesar de não ter tido a oportunidade de lê-lo, pelos dizeres de Candido, é possível suspeitar de uma “força barroca”, herdada pelos adjetivos “afetado e emocionado”, “terno e grandíloquo”. Carece de investigação para concluir.


Na lírica, a influência na métrica de Garret é notada no poema Voz da Natureza, Canto Sobre as Ruínas, bem como no fazer do verso novessílabo de Magalhães. No mais, o gosto pela música povoa sua lírica, dando melodia, por exemplo, ao poema Rossini das Aves.


2 comentários:

Base de Pesquisa Formação da Literatura Brasileira disse...

Marcos comenta em 22-03-2015 a leitura de Eide:

Muito interessante, Eide, sua proposição de discutir aspectos do barroco nesse poeta de fraca expressão. Ótimo desafio para enfrentar e desenvolver. Observe, entretanto, que na leitura a seguir, Antonio Candido observa que passadas as amostras de Romantismo, o que predomina em Porto Alegre são os modelos dos últimos neoclássicos. Para reforçar sua investigação, você poderia lembrar do parentesco de "desregramento" entre barroco e romantismo, mas teria que contrapor o "equilíbrio" neoclássico predominante no poeta segundo Candido.

Eldio Pinto disse...

A leitura de Eide pauta sobre as manifestações iniciais do romantismo, mostrando o quanto o movimento não tinha nome de destaque pelo fato de não haver uma obra representativa no período. O importante é a tentativa de deixar marcas sobre a formação do processo literário. O destaque, na fala de Eide, é a obra de Porto Alegre, destacando-se a influência da métrica portuguesa, em especial de Almeida Garret.