sábado, 23 de junho de 2018





Afonso Henrique Fávero






Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres

Adriana Vieira de Sena






Afonso Henrique Fávero [23-06-2018]


Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 207:  PDF: p. 515:  “Um original/ Não sendo melhor poeta, Sousa Andrade é por
                                               certo mais original” [...]
até a p. 208: PDF: p. 518   :  [...] “suas ideias e linguagem têm outra estrutura’. ”  



O tema de Candido nestas páginas é o poeta maranhense Sousa Andrade (ou Sousândrade, como viria a ser mais conhecido). Incluído no capítulo dos escritores “menores”, recebe, por assim dizer, uma dupla distinção ao ser listado na “safra mediana” e figurar num subcapítulo específico a respeito de sua obra.


Como se sabe, o autor passou a ser lido, mais tarde, de outra forma, visto na perspectiva de “um espírito originalíssimo para seu tempo” (Alfredo Bosi, História concisa..., p. 138). Possivelmente o superlativo de Bosi seja uma alusão ao título do subcapítulo de Candido: “Um original”.


Duas razões são apontadas para tal originalidade. A primeira se concentra numa busca constante da expressão poética, que lhe concede “uma dignidade intelectual nem sempre encontrada nos seus manhosos contemporâneos”. A segunda, uma variação de lugares motivada por viagens pelo mundo, que funciona como hipertrofia de estados passionais. Em outras palavras, a poesia de Sousa Andrade procura o que todo escritor de envergadura postula: figuração de seus temas dentro de uma forma artística adequada. Tarefa nem sempre alcançada com êxito, na visão de Candido.


Seja como for, o poeta avulta como espírito inquieto a destacar-se do panorama meio anódino de seus pares, opinião que vinha desde Sílvio Romero em sua História da Literatura Brasileira.



quinta-feira, 21 de junho de 2018





Adriana Vieira de Sena





Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres








Adriana Vieira de Sena [02-06-2018]


Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p.  visor p. PDF: p. 513:  “Bruno Seabra é com certeza” [...]                                       
até a p. visor p. PDF: p. 515:    [...]“a que faz referência em várias estrofes do canto III.



Bruno Seabra, referido autor romântico, é trazido à baila por Antonio Candido. O poeta, por meio do símbolo imagético da flor açucena, tece uma poética, desvelando uma visão pessoal do flerte amoroso. Assim, externa poeticamente seu interior, sua individualidade.



Ele inicia seu poema com perguntas, as quais serão respondidas ao longo dos versos. Estes, por sua vez, são carregados pela emoção, por um eu com “dor de cotovelo”. Ele investiu seu tempo em uma morena, porém percebe que era apenas um joguete. Percebe-se, pois, que o eu lírico se sente traído em seus sentimentos, em suas esperanças. Ao invés de ser correspondido, é desprezado pela morenaA Açucena representa, conforme o eu lírico, um talismã do amor. Ele foi dado por uma gentil dama.



A morena citada nos versos simboliza a manipulação, a falsificação de algo que parecia real, de uma mulher sem escrúpulos. Ela é contraposta à figura daquela que doou a açucena para o eu poético. No entanto, no decorrer do poema, o que era símbolo de beleza, de solidariedade e compaixão, torna-se motivo de dor, de tristeza e de decepção.


A mulher morena representa o descaso com o sentimento alheio. É bonita por fora, mas carrasca por dentro. Os cinco ais no poema antecipam a dor do eu lírico. No final, este dá um último conselho à maneira dos provérbios de Salomão:


Ninguém escute a morena,
Ninguém lhe ceda uma flor
Que ela pede uma Açucena
Para matar um amor.



Portanto, Seabra bem soube explorar temas caros ao Romantismo, como o eu confessional e a desilusão amorosa.