Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero [23-06-2018]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 207: PDF: p. 515: “Um original/ Não sendo
melhor poeta, Sousa Andrade é por
certo
mais original” [...]
até a p. 208: PDF: p. 518 : [...] “suas ideias e
linguagem têm outra estrutura’. ”
O tema de Candido nestas páginas é o poeta maranhense Sousa Andrade
(ou Sousândrade, como viria a ser mais conhecido). Incluído no capítulo dos
escritores “menores”, recebe, por assim dizer, uma dupla distinção ao ser
listado na “safra mediana” e figurar num subcapítulo específico a respeito de
sua obra.
Como se sabe, o autor passou a ser lido, mais tarde, de outra forma,
visto na perspectiva de “um espírito originalíssimo para seu tempo” (Alfredo
Bosi, História concisa..., p. 138). Possivelmente o superlativo de Bosi seja
uma alusão ao título do subcapítulo de Candido: “Um original”.
Duas razões são apontadas para tal originalidade. A primeira se
concentra numa busca constante da expressão poética, que lhe concede “uma
dignidade intelectual nem sempre encontrada nos seus manhosos contemporâneos”.
A segunda, uma variação de lugares motivada por viagens pelo mundo, que
funciona como hipertrofia de estados passionais. Em outras palavras, a poesia
de Sousa Andrade procura o que todo escritor de envergadura postula: figuração
de seus temas dentro de uma forma artística adequada. Tarefa nem sempre
alcançada com êxito, na visão de Candido.
Seja como for, o poeta avulta como espírito inquieto a destacar-se do
panorama meio anódino de seus pares, opinião que vinha desde Sílvio Romero em
sua História da Literatura Brasileira.