segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Carmela Carolina Alves de Carvalho
Cássia Santos
Edlena da Silva Pinheiro
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Kalina Naro Guimarães
Ligia Mychelle de Melo Silva
Mácio Alves de Medeiros
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falleiros
Massimo Pinna
Peterson Martins
Renan Marques Liparotti
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Aldinida Medeiros Souza
Antônio Medeiros
Arandi Robson Martins Câmara
Carmela Carolina Alves de Carvalho – 11-10-2008

itens 3 e 4 da Introdução:

[Villa Rica, 9.ed, 2000]
DA p. 29 [item 3. Pressupostos]: "O fato de ser este um livro de história literária..."
A p. 32 [item 4. O terreno e as atitudes críticas]: "... desligada dos interesses fundamentais do homem."

Nessa parte introdutória, Antonio Candido toca num dado importante, o qual perpassa todo o decorrer da sua obra: a questão da literatura encontra-se atrelada à história, porque tendo em vista que a abordagem histórica traz um ponto de vista amplo que abrange as questões sociais, históricas, psicológicas, institucionais, entre outras, a literatura seguida por esse caminho amplia os horizontes de informações contidos em seus textos.
Não obstante, o estudo da literatura concomitantemente com o da história não deve ser entendido no sentido de enquadrar a literatura aos padrões formalistas e estéticos de determinada época, pois assim, tomam-se as formas de uma literatura alheia como parâmetro, subtendendo-se simplesmente a existência de grandes valores estéticos a-históricos. Mas, também, não implica dizer que a literatura deva estar presa, puramente, aos métodos investigativos da história.
A literatura, como ressalta Candido, deve, portanto, apreender cada autor na sua integridade estética, ou seja, as marcas do autor na obra, que não deve ser confundido com a biografia do autor, que é muito mais ampla e superficial no que tange ao aspecto literário. E para que isso ocorra se faz relevante a percepção do caráter histórico do texto, uma vez que a literatura estuda no seu contato com a raiz, com a sua realidade o aspecto social nas vertentes política, econômica, étnica e cultural descritos pela história.