segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aldinida Medeiros Souza



Andreia Maria Braz da Silva
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Bethânia Lima Silva
Carmela Carolina Alves de Carvalho
Cássia de Fátima Matos
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Kalina Naro Guimarães
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero









Aldinida Medeiros Souza [16-10-2010]:


Edição: Martins, 1971
da p. 185: “Quando descreve a súbita paixão que nasce à primeira vista em Diogo e na bela Paraguaçu,” [...]
até a p. 187: [finalizando o capítulo]
[...] “foi tumulto, desconcerto, complacência no erro e depois aspiração ao bem.”



Candido apresenta aspectos "racionais", se podemos assim mencionar, no poema de Santa Rita Durão, exemplificando-os, bem como também características cultistas e conceptistas no texto, exaltando "relevos barrocos" que destacam as plantas, frutas e animais do trópico, aos quais Candido caracteriza como explendor exótico. Como todo poeta que "apronta" e dá "uns pulinhos na esbórnia", Durão soube "resgatar-se" das "paixões desencontradas", donde, talvez, o estilo "contido pela disciplina da oitava camoneana" .


Essa "sensibilidade tulmutuosa" da qual fala Candido, nada mais é que um jeitinho brasileiro que Durão tem para se "desenrascar", usando um termo bem português. Jeitinho este que tem pitadas da retórica de Santo Agostinho e uma penitência que vai além das questões religiosas, passando pela moral e intelectual. É desse esforço que o inteligente Santa Rita recobra sua cátedra de teologia em Coimbra, obviamente volta a beber bons vinhos e recebeu elogio pela referência que fez a Pombal. Faz uma mediazinha com sua ordem religiosa e é finalmente reconhecido por Candido como o autor do grande poema Caramuru, que para o crítico, é, de fato, o que justifica toda a sorte de altos e baixos que vivenciou Santa Rita.



Resumindo isso tudo, quando afirma: "foi tumulto, desconcerto, complacência no erro e depois aspiração ao bem”, Candido quer dizer que Santa Rita foi meio desequilibrado, mas achou os trilhos e deu sua grande contribuição à literatura, com o Caramuru. O que é interessante para nós que não temos o que fazer e ficamos aqui fazendo exaltações candidianas.