Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Marcos Falchero Falleiros
[11-03-2017]
[substituindo Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 151: [PDF p. 463] “Mas
enquanto não morriam e viviam na ‘lembrança de morrer’, ”[...]
até a p. 153 : [PDF p. 465] [...] “falta de medida
que não encontraremos em Castro Alves.”
A condição de mascaramento, que esses avatares do egotismo encenam,
balança nos extremos da poesia obscena e do lânguido quebranto, como se pode
ver, por exemplo, entre o fálico “O
elixir do pajé”, de Bernardo Guimarães, e “Poesia e amor”, de Casimiro de
Abreu. Tal comportamento estético aninhou-se na sociabilidade poética das rodas
de boêmia do Rio, da Bahia e, especialmente, de São Paulo, onde agremiações
oficiais e semissecretas, à Byron e Musset, festejavam o caráter noturno e satânico do
Romantismo com o desregramento das atitudes e das ideias.
Música e recitativo
Música e recitativo uniram-se no triunfo dos salões, que atendiam às
expectativas de um público ávido pelo patético e pela pieguice, num contexto
que sobrepôs o verso à insuficiência das palavras, através dos metros e ritmos
melodiosos, da modinha, da arieta italianizante, da ópera, submetendo-o ao
recitativo de sala e à cantiga com acompanhamento musical (violão e piano). Era
a moda da ópera, decênio de 1850, prova da paixão dos brasileiros da época pelo
melodrama, como se vê nas crônicas de Alencar em Ao correr da pena (1854-1857). Tais registros acolhem um ambiente
cultural marcado pelo projeto de criação de um teatro lírico, as primeiras
peças de Carlos Gomes, os libretos de Manuel Antônio de Almeida, de José de Alencar,
de Machado de Assis, e a presença de figuras
como o refugiado espanhol D. José Amat, musicando poesias de Gonçalves Dias e
outros, e o português Furtado Coelho, poeta, romancista, músico e ator. São
presenças que contribuíram dinamicamente para esse momento decisivo da
musicalização do verso romântico, de grande importância para a história de
nossa sensibilidade: a ligação do canto aos versos.
A seguir, serão estudados poetas que começaram antes desse “delírio
sonoro”, mas que, por influência dos ultrarromânticos portugueses, “muito mais
desabalados na lamúria e na melopeia”, aí se prefiguram. Efeitos do processo se
encontram na poesia de Casimiro de Abreu e de Fagundes Varela.