Marcos Falchero Falleiros
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Marcos Falchero Falleiros [03-08-2019]
Edição:
Martins, 1971, VOL.2:
da
p. 259 – no visor da obra em pdf: p. 563:
"Com efeito, embora a presença”[...]
até
a p. 262 – no visor da obra em pdf: p. 566: [...]
"lamento e, ao mesmo tempo, medicina da alma opressa.”
A irregularidade da obra de Fagundes
Varela é esmiuçada por Antonio Candido nos altos e baixos de sua poética e de
seus recursos expressivos alcançados, que vão de uma “política rimada” de má
qualidade a outras de fatura mais feliz, em meio às influências de poeta
português ou de Álvares de Azevedo em tom casimiriano. Mas, a respeito de Vozes da América – ressalta em nota – ao
contrário do que se divulga, a influência foi de Varela sobre Castro Alves, assim
como, em contraste com sua discursividade excessiva, prenunciava um parnasianismo
fin-de-siècle no caprichoso lavor de
“esmaltada beleza”, em versos como os de “Ideal” (poema que mais tarde,
musicado, tornou-se uma canção muito popular).
O apogeu
Afinal, Cantos e fantasias atinge o ponto alto de sua obra (avaliação
endossada por Manuel Bandeira – ver nota em FLB), quando a “música vareliana”
alcança o frescor da fusão entre natureza e estados de alma. Destaca
especialmente a “Ira de Saul”, que antecipa “A Hebreia” de Castro Alves,
através da magia das evocações bíblicas à maneira de Byron ou de Vigny: o poema
recebe de Antonio Candido a atenção de comentários detalhados e minuciosamente
exemplificados (ver em FLB), como se o crítico suspendesse o andamento típico de
análise geral de Formação da Literatura
Brasileira e se detivesse no poema em razão de sua importância e força.
Encerra o subcapítulo, assinalando
que a “Ira de Saul”, assim como o trecho de sua fonte bíblica, Livro de Samuel, ganham o sentido de um
canto sobre o milagre da poesia, cuja importância se mostra, mais que em seus
aspectos técnicos, na força do lamento que se faz medicina da alma opressa.