terça-feira, 9 de julho de 2013



Juliana Fernandes Ribeiro Dantas



Kalina Naro Guimarães
Kalina Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira






Juliana Fernandes Ribeiro Dantas    [15-6-2013]
Edição: Martins, 1971:
da p. 305: “ Há portanto um encontro de ideias entre Garrett e Denis;” [...]
até a p. 307: [...] [final do capítulo] “ com a exceção, não de autor, mas de uma ou outra peça.”


Desse encontro de ideias Candido nos diz que nasceu uma birra entre os dois estudiosos, no entanto, o que importa é a contribuição oferecida pelos dois para as bases da teoria literária do nosso recém-nascido Romantismo, para a qual alguns outros viajantes estrangeiros também prestaram tributos. Entre eles destaca-se o alemão Schlichthorst que publicou no ano de 1829, em sua língua materna, o livro O Rio de Janeiro como é (apenas em 1943 temos a publicação em português).

Para Candido, o alemão nos deu um dos livros mais interessantes sobre o Brasil, citando que as qualidades do brasileiro, se bem trabalhadas pela educação, poderiam produzir grandes poetas. Coadunando-se com Almeida Garret e Ferdinand Denis, Schlichthorst oferece o que interessa a Candido verificar: a noção da existência de uma continuidade literária no Brasil e a formulação de princípios que deveriam caracterizar as novas tentativas literárias. Também é rica a contribuição dada por Gavet e Boucher em 1830.

Já nesse tempo surge uma voz brasileira para conclamar nossa literatura: com o Parnaso brasileiro, Januário da Cunha Barbosa pretende apresentar aos novos a poesia dos antigos, de forma didática e nacionalista, tendo sido publicado entre 1829 e 1832. Candido classifica como a primeira iniciativa brasileira de apanhar as deixas dos estrangeiros.

Como um mecenas, Januário deu continuidade aos seus planos de incitar a mocidade, promovendo iniciativas culturais e patrocinando a literatura , utilizando-se da posição de promotor de independência e orador. Seus esforços resultaram na fundação do Instituto Histórico e Geográfico, órgão consagrador dos escritores da primeira fase do Romantismo.

Para finalizar o capítulo e dando a deixa para o próximo, Candido nos fala no limbo poético: o aparecimento de jovens escritores respondendo ao chamado para construir uma literatura renovada e nacional, seus poemas aproximando-se da simplicidade popular. De um lado alguns que ainda seguiam a forma clássica, mas que aderiam ao conteúdo nacionalista e de outro os que timidamente iniciavam o romantismo. Assim se formou um grupo contraditório, do qual não se salvava um representante, mas sim alguns escritos.