sexta-feira, 20 de julho de 2018





Antônio Fernandes de Medeiros Jr 





Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais







Antônio Fernandes de Medeiros Jr [21-07-2018]


Edição: Martins, 1971, VOL. 2:
da p. 213 – no visor p. PDF: p. 521:  “O regionalismo dos românticos, ao contrário,” [...]
até a p. 215 – no visor p. PDF: p. 523   [...] “do autor satânico d’ ‘Orgia dos duendes’.”


O trecho conclusivo ao primeiro movimento do capítulo “O triunfo do romance” – ‘Novas experiências’ – confirma o caráter anunciativo de tópicos a serem avaliados na sequência de atividade crítica.


Distingue, didático, o mérito do “regionalismo dos românticos”, sobreposto ao regionalismo praticado posteriormente, em segunda voga (de menor valor), no intervalo que antecede a terceira circunstância, a do regionalismo modernista (a de maior valor das três séries). 


Antonio Candido demarca como merecimento da etapa do “regionalismo dos românticos” – “momento decisivo” - “na sua linha-tronco, uma das melhores direções de nossa evolução literária”, contexto que viria ser propulsor “do galho nordestino” romanesco no século XX.


Ressalta o aspecto de regionalismo, “o verdadeiro e fecundo”, praticado por Bernardo Guimarães, chamando à atenção para a peculiaridade de função do “regionalismo” na literatura brasileira. Se para outras literaturas não-brasileiras, as dimensões dos regionalismos são capturadas sinônimas de “subproduto”, tudo ocorre diferente por aqui. Entre nós, a criação literária de cunho regionalista – aprendidos os critérios de valor registrados anteriormente – é fator formativo de identidade e de compreensão de brasilidade.


Na sequência de prenúncios, abre-se o espaço para a inserção à obra múltipla de José de Alencar. Em sua vertente de literatura regionalista, o escritor cearense acresce significativamente ganhos de percepção de identidade nacional quando posta em diálogo com a importância anterior estabelecida por Bernardo Guimarães, por exemplo.


Em relação à literatura que expressa valores da vida urbana, Antonio Candido posiciona a obra de José de Alencar entrevista à de Machado de Assis. Considera a relevância do autor de Lucíola, e a respeito específico, afirma que este romance “apresenta certos elementos de pesquisa séria da alma humana e um senso nada vulgar dos seus refolhos obscuros”. Divisa o estágio singular de maturidade literária – “razão de ser num plano supranacional” – do autor de Memorial de Aires. E deixa consignado ser Machado de Assis “continuador genial, não figura isolada e literariamente sem genealogia no Brasil”, sucessor no elo histórico, entre outros, de José de Alencar.


Aqui tudo é prenúncio. Antonio Candido utiliza a expressão “veremos daqui a páginas” duas vezes no intervalo curto do fragmento que li. Aguardemos os desdobramentos.