sábado, 5 de dezembro de 2020

 
 
Bethânia Lima Silva
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Socorro Guterres de Souza
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
 
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
 
 
 
 
 
 
Bethânia Lima Silva  [05-12-2020]
 
 
Edição: Itatiaia, 2000, VOL.2:
da      p.  pdf do visor: p. 651  : [título] "5. A crítica viva”[...]
até  a p.  pdf do visor: p. 653  :  [...] " ‘nós a mais bela’ (pág.423)."
 
 
O capítulo 5, com o título “A crítica viva”, tem início com o destaque para o nome de Macedo Soares, crítico que realizou uma análise literária mais exigente, mas que logo desviou seu olhar apurado para o Direito. Mesmo apaixonado pelo nacionalismo literário, ele soube avaliar os rumos poéticos da produção nacional, algo que conseguiu ser observado nos estudos em que dedicou a Bernardo Guimarães e Junqueira Freire.  
 
 
Outra referência foi Dutra e Melo, mesmo com apenas dois trabalhos. Ele demonstrou simpatia ao romance histórico, lamentando não o ver produzido aqui, mas rendeu elogios ao “ameno realismo de Macedo”.Entre seus trabalhos está o ensaio “A Moreninha, de Macedo”. Esta obra serviu a Sílvio Romero como uma importante referência para o seu História da Literatura. Para Dutra e Melo, A Moreninha era um começo, uma “linha central da nossa ficção romântica”. Segundo Candido, “poucas vezes se veria em nossa literatura compreensão tão imediata, no plano crítico, do significado de uma obra para o desenvolvimento do gênero a que pertence”.  
 
 
Um outro crítico citado no capítulo foi o Junqueira Freire, que, no prefácio a Inspirações do Claustro, soube apresentar com discernimento um problema da estética romântica, a poesia sustentada nos valores da palavra, para uma outra que tenta explorar aos limites as potencialidades musicais. Era considerado um crítico em potencial e possuía trabalhos secundários, como: Eloquência Nacional.   
 
 
Álvares de Azevedo também é lembrado por seus ensaios “Jacques Rolla” e “Literatura e civilização em Portugal”. O poeta ainda escreveu “Lucano”, “Carta sobre a atualidade do teatro entre nós”, entre outros, expressando, assim, seu pensamento crítico e trabalhando bastante a concepção e o conceito do belo – com foco nas características da natureza, da beleza poética e de sua intensidade. O belo é tido como algo distinto entre uma beleza mais doce e meiga e uma beleza mais sublime. É, segundo pondera, a intensidade das emoções que ajuda a construir e diferenciar essa ideia para o “belo”. Conforme Candido, “num plano recessivo e inexpressivo da consciência crítica de Álvares de Azevedo, sentimos que a classificação depende por vezes do nível de apreensão: sensação (belo material); emoção (belo sentimental); representação (belo ideal)”.