quinta-feira, 11 de abril de 2013


Elizabete Maria Álvares dos Santos





Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva





Elizabete Maria Álvares dos Santos  [6-4-2013]

Edição: Martins, 1971:
da     p. 292:      “É interessante que, depois dessa junção do poeta com o oceano,” [...]
até a p. 294:       [...]  “ como servidor do culto do eu, do individualismo característico
                                        das tendências românticas.”



Dando continuidade às observações  sobre Borges de Barros, Candido ressalta que “em Borges de Barros, as premonições românticas podem ser observadas num grupo de poemas escritos no mar, entre 1810 e 1813”.  É nesse período “marítimo” que se encontra a verdadeira poesia de Borges, considerada pelo crítico como sendo de fase intermediária.  Candido  encaixa essa fase do poeta mediano entre o “ Arcadismo elegante” e o “poemeto de 1825 – Os Túmulos”.


O resultado desse poema foi desastroso, tendo sido visto pela crítica, como: “um poema  fúnebre extremamente medíocre, inferior a tudo que fizera, um enfadonho desabafo sentimental pela morte do filho menino...”.


Ainda com relação à poesia de Borges, Candido afirma que a mesma é “rasteira ou irritantemente desigual”, pelo fato de o próprio Borges não saber ordenar e aflorar seu próprio dom pré-romântico. Diz, ainda, que o poeta mediano produziu não pelo seu amadurecimento intelectual, mas tão somente pelo seu temperamento, mantendo-se assim abafado no anonimato até 1945.


Ao contrário desse anonimato de Borges, Candido enaltece Frei Francisco do Monte Alverne como sendo um religioso de “vocação declarada e imperiosa para as letras e uma das grandes confessadas influências da primeira geração romântica, fascinando o Rio de Janeiro entre 1816 e 1860”.


Essa maestria de Monte Alverne, bem observada por Candido, se deve a duas razões principais: à prática da oratória com efeito na expressão e ritmo da prosa romântica e também à introdução do sentimento religioso para além da devoção tradicional, como estado de alma.


Na poesia de Alverne, o culto do próprio eu e a necessidade de torná-lo público são características presentes. Segundo Candido, visto de hoje, “ o belo e majestoso franciscano das descrições contemporâneas surge como servidor do culto do eu, do individualismo característico das tendências românticas”.