sexta-feira, 31 de maio de 2019





Maria Aparecida da Costa






Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari




Maria Aparecida da Costa [01-06-2019]

Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da      p. 250   – no visor da obra em pdf: p.  554   : "Consequentemente, surgem na
                                                                                     poesia”[...]
até  a p. 253   –  no visor da obra em pdf: p. 556:   [...] "que parece ter impressionado
                                                                                  toda uma geração."


Na segunda metade do século XIX, a poesia participante vai ganhar fôlego no Brasil a partir das empreitadas de Castro Alves e dos não tão robustos João Júlio dos Santos e Rozendo Moniz Barreto. Esses poetas, juntamente com outros contemporâneos, vão cantar em seus poemas, para além das dores da alma e do tédio infantilizado, a democracia e a liberdade de um povo.


Com expressiva influência dos escritores europeus, sobretudo franceses, vai haver, por exemplo, uma reformulação do conceito de povo e atenção ao tema da democracia, “a expressão povo-rei, [...] assume o sentido de povo soberano, povo com fonte de soberania[...]”. Como postula Antonio Candido, se essa poesia com tom participante não apareceu antes do decênio de 1860 no Brasil, não foi por falta de acontecimentos externos/históricos, foi simplesmente pelo fato de não haver “amadurecimento interno” e coragem dos poetas de se desprenderem do neoclassicismo.


Isso vai acontecer, a princípio, pela influência de escritores como Victor Hugo, que imprime em seus textos os gritos da rua provenientes do contexto revolucionário francês. Aqui no Brasil, seu leitor contumaz, Castro Alves é um dos maiores representante desse poesia em seu tempo.


Com isso, o continente começa ter a atenção dos poetas mais maduros, elegendo o povo, a democracia e a liberdade como protagonistas. Saem da cena principal os lamentos e dores d’alma para que de dê lugar a um outro tipo de canto – o que evoca a liberdade, conforme exulta Castro Alves no poema “O século”: “Que este mar de almas e peitos, /Com as vagas de seus direitos, /Virá partir-vos a lei”. Assim foi dado o impulso para a poesia participante ou “engajada” no Brasil.