sexta-feira, 20 de dezembro de 2013



Marcus Vinicius Mazzari




Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros



 



Marcus Vinicius Mazzari   [21-12-2013]


Edição: Martins, 1971, Vol. 2:  
da p. 24: “Paralelamente, altera-se o conceito de natureza; em vez de ser, como para os neoclássicos, um princípio” [...]

até a p. 26:  [...]”A Nebulosa, em pleno século XIX, já parece erro de visão, parecendo um retardatário.”


Nas suas Confessions, escritas entre 1765 e 1770, Rousseau fala no Livro VIII no propósito de romper bruscamente com todas as “máximas de meu século” (rompre brusquement en visière aux maximes de mon siècle). Embora não citadas por Antonio Candido ao estudar o advento do romantismo no panorama literário europeu, essas palavras de Rousseau ajudariam a elucidar a atitude de contestação e negação que o crítico brasileiro atribui ao movimento romântico em sua totalidade.


Nesse sentido, o romantismo teria retomado uma tendência que já se verificara no arcadismo, mas aprofundando e intensificando a níveis extremos o gesto de resistência aos valores e princípios constituídos, uma vez que “revoca tudo a novo juízo”, promovendo inversões e buscando constantemente o “único”, o elemento irredutivelmente individualizado que se substitui então ao “perene” que constituíra outrora a aspiração dos árcades.


Individualismo e relativismo convertem-se, nesse processo, na base de todas as atitudes românticas, que se opõem abertamente e em todas as instâncias às tendências racionalistas para o geral e absoluto.


As concepções românticas acarretam igualmente profundas transformações no relacionamento humano com a Natureza, que deixa de ser um “princípio” envolto em equilíbrio e classicidade e se torna uma potência inapreensível, incomensurável, perante a qual o ser humano se posta numa solidão sem paralelos em épocas anteriores. Nas manifestações literárias contemporâneas A. Candido vê se reforçarem cada vez mais o senso de isolamento do homem e a tendência para os arroubos individuais e mesmo para o desespero. (Referências ao movimento “Tempestade e Ímpeto”, que prepara o romantismo na Alemanha, seriam aqui plenamente cabíveis.)


Ainda quanto à visão da natureza, uma constatação muito importante nesse subcapítulo diz respeito à “magia romântica”, que teria desalojado inteiramente o “encanto” árcade – essa formulação repercute cinco páginas adiante, quando se fala da “magia” com que poetas associados ao romantismo envolvem a lua, “que deixa de ser a metáfora unívoca, a divindade imutável de todos os momentos, para se tornar uma realidade nova a cada experiência, soldando-se ao estado emocional do poeta”.


No bojo do movimento romântico, a poesia passa a concentrar-se com crescente intensidade na “pesquisa lírica”, o que pode ser observado na linha que leva de Cláudio Manuel da Costa a Gonçalves Dias e, sobretudo, Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu. (Para Candido, nessa evolução residiria uma das raízes da expressão lírica de alguns modernos, como o Mário de Andrade dos Poemas da Negra ou o Manuel Bandeira da Estrela da Manhã, em seus “balbucios quase impalpáveis”.)


Contudo, o fruto mais relevante desse desenvolvimento teria sido a consolidação do gênero “romance” no Brasil, um dos mais genuínos produtos do Romantismo. Valeria observar que na própria literatura francesa, o romance, isto é, o moderno realismo de Stendhal e Balzac surge, no ano de 1830, como tributário do Romantismo, conforme as explanações de Auerbach no antepenúltimo capítulo de seu Mimesis (“Na mansão de la Mole”). No Brasil, todavia, esse novo gênero parece ter uma força de atração ainda maior, pois passa a sugar para sua esfera quase todas as manifestações literárias, seja o conto fantástico (A Noite na Taverna), a reconstituição histórica (As Minas de Prata), a descrição dos costumes (Memórias de um Sargento de Milícias). Nesse novo contexto, o surgimento de uma obra como A Nebulosa, o longo poema publicado em 1857 por Joaquim Manuel de Macedo, revela-se, na visão de Antonio Candido, como um fenômeno defasado e até mesmo obsoleto. De qualquer modo, a tendência que irá de fato prevalecer em nossa jovem literatura está associada à prosa de ficção, mais particularmente ao romance de costumes e ao romance regional, o que leva a um extraordinário enriquecimento do panorama romântico brasileiro, com desdobramentos que perduram até os dias de hoje. 



sábado, 7 de dezembro de 2013



Marcos Falchero Falleiros



Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro



 



Marcos Falchero Falleiros  [07-12-2013]


Edição: Martins, 1971, Vol. 2:  
da p.21: “Apesar da doutrinação da Niterói, nenhum dos seus colaboradores  ” [...]

até a p. 24 [primeiros parágrafos do 2. O Romantismo como posição do espírito e da sensibilidade] : [...]”que lhe competia exprimir e, por isso mesmo, relegada a plano secundário .”


A doutrinação da Niterói pró indianismo só apresentou frutos posteriormente, no início entre os medíocres e o “belo” [: segundo Antonio Candido, apesar do título:] “Gemido do índio”. Foi Gonçalves Dias, entretanto, quem decidiu favoravelmente seu destino. Daí por diante o Brasil foi tomado pela avalanche indianista, incluindo de passagem, Machado de Assis, em 1875, com Americanas. Mas não foi moda unânime: manifestações de resistência apontavam a distorção da realidade, como a de João Francisco Lisboa, que, lembrando as descrições da barbárie por cronistas como Gabriel Soares, chama o “O leito de folhas verdes” de “rendez-vous no mato”.

2. O Romantismo como posição do espírito e da sensibilidade

O movimento de negação do Romantismo aprofundou o do Arcadismo, num sentido revolucionário não só estético mas também humanista, ultrapassando os limites deste em sua submissão ao "perene" das tradições clássicas: dá novo papel ao artista, liquida as convenções greco-romanas, investe em sentimentos novos no “único” da inspiração local, ainda que, em substituição às convenções descartadas, busque o irregular e diferente de países estranhos e da Idade Média.

Visto de modo universal-europeu, com a devida repercussão nos países dependentes, trata-se de um novo estado de consciência, com acento no indivíduo e no senso da história, relativista, em oposição ao racionalismo geral e absoluto.

O Romantismo revira o conceito de arte na direção do desequilíbrio, retira das palavras a condição coextensiva à natureza com apontar sua insuficiência para a grandeza inexprimível do mundo, dando ao artista um sentimento de frustração simultaneamente ao de glória, já que o “eu” terá como tarefa transcender essas limitações em busca do mistério.

Para o Arcadismo, o artista era mero intermediário. Para o Romantismo, a arte é que fica de permeio, relegada, entre a natureza e o artista, a plano secundário, sempre impotente para a grandeza que lhe competia exprimir.


sexta-feira, 22 de novembro de 2013



Marcel Lúcio Matias Ribeiro





Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro


 



Marcel Lúcio Matias Ribeiro [23-11-2013]

Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p.19: “Já vimos na Niterói, os reformadores encararem o índio como” [...]
até a p. 21: [...]”poema equivalente de Machado de Assis à morte de Gonçalves Dias.”

O Romantismo na sua exploração do índio como elemento de nacionalidade aproximou-o da imagem do cavaleiro medieval europeu, pois havia a necessidade de equiparar o comportamento do índio ao do conquistador.

Assim, o indianismo serviu para construir um passado mítico e um passado histórico para o povo brasileiro, conforme havia acontecido aos países europeus com a recuperação das imagens medievais. O esforço de autores, como Gonçalves Dias e José de Alencar, foi de criar um “mundo poético digno do europeu”.

A temática indianista serviu, portanto, ao Romantismo brasileiro como uma compensação: não possuindo idade média, os escritores buscaram construir este período no imaginário americano através do índio. Tentou-se incorporar as grandes temáticas da literatura universal a uma tradição brasileira.


A primeira obra a tratar o índio na perspectiva romântica na literatura brasileira foi Nênia (1837), de Firmino Rodrigues Silva.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013


Marcela Ribeiro





Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues

 



Marcela Ribeiro [9-11-2013]

Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p.17: “Mas foi a segunda modalidade que dominou: religião concebida” [...]
até a p. 19: [...]”monografias como O Brasil e a Oceânia, do autor dos Timbiras (1852).”


A religião, um dos temas mais caros aos românticos, possuía duas faces para uma mesma moeda: conquanto apresentasse nuanças de devoção mostrava-se muito mais como religiosidade. Enquanto isso a crítica literária afirmava que sem essa religiosidade não existia literatura, como foi concebida por Schlegel, sobrepujada pela força do pecado. Macedo Soares falará na religião do belo, forçosamente confundida com o catolicismo. Para Candido o espiritualismo deixa sua marca como um pressuposto dessa escola literária.


Outra marca indelével à temática romântica foi o Indianismo, que teve seu auge de 1840 a 1860, representado na pena poética de Gonçalves Dias e na prosaica de José de Alencar. Guiando-nos às origens desse tema dentro do novo movimento literário, Candido nos dirá que nada mais era do que a busca do específico brasileiro que surgiu anteriormente entre os neoclássicos Durão, Basílio, Diniz. A temática inseria o Brasil num cenário de grande apelo mitológico, tendo o exotismo dos franceses como ponto de partida.


Capistrano de Abreu classificará essa tendência ao indianismo como partindo do universo popular, arraigada no folclore, para fazer a ligação entre nativismo e indianismo. Candido, seguindo por outro caminho, afirmará que essa ligação identitária surge antes em fonte erudita chegando ao popular apenas o produto disso, o índio como representante do nativismo. Ilustrará essa afirmação com a utilização do índio como símbolo, feita por José Bonifácio ao pôr em seu jornal o nome de O Tamoio e também com o nome que D. Pedro utilizava dentro da sociedade secretada O Apostolado, Guatimozim, referência aos nativos da América Espanhola, que resistiriam bravamente aos colonizadores.


Tanto interesse no indígena como símbolo do nativismo brasileiro desembocará em sua quase carnavalização, tirando do quarto de guardados maracás e cocares e, como zombará João Francisco Lisboa, cantando, envernizando, amenizando e poetizando os costumes dos primeiros brasileiros.


É importante lembrar que o indianismo não se resumia somente a essa referência superficial à maracás e cocares, mas também encontrava apoio no recém-fundado Instituto Histórico, que incentivava os estudos etnográficos, como a monografia O Brasil e a Oceânia feita também pelo forte representante do Indianismo, Gonçalves Dias.


domingo, 27 de outubro de 2013


Manoel Freire Rodrigues





Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
 



Manoel Freire Rodrigues  [26-10-2013]



Edição: Martins, 1971, Vol.2:
da p.15: “Esta tendência era reputada de tal modo fundamental para a expressão do Brasil” [...]

até a p. 17: [...]”realizando um catecismo metrificado com mais largueza de espírito.”



A orientação nacionalista torna-se de tal importância na literatura brasileira, que nem mesmo os românticos da segunda geração, de acentuado intimismo e mais propensos a um “sentimentalismo exacerbado”, ficaram alheios a essa tendência. Embora refratários aos problemas da sociedade, esses autores (o modelo é Álvares de Azevedo) “manifestaram verdadeiro remorso” ao sobrepor temas universais e/ou seus dramas íntimos aos motivos locais, imbuídos que estavam do “dever patriótico” de contribuir para a consolidação da literatura nacional.


A confluência de fatores externos e elementos locais, certamente foi determinante para o desenvolvimento do nosso Romantismo, dando-lhe consistência estética e ideológica. Por outro lado, isso produziu certa ambivalência no seio do movimento, cujo equilíbrio se buscava entre a expressão de uma realidade local “mal conhecida” e o culto de temas universais e modelos europeus, em que assentava raízes a matriz cultural da civilização que se formava nos trópicos.


A religião constituiu-se como fator dos mais importantes para a “reforma literária” empreendida pelo Romantismo brasileiro, tornando-se um dos temas privilegiados da “nova literatura”, haja vista que se adequava aos valores e aspirações do movimento tanto no plano universal (espiritualismo), quanto no plano local (cristianismo). É no plano local que reside a sua maior importância para literatura de orientação nacionalista, na medida em que, ao se contrapor ao “temário pagão dos neoclássicos”, representava supostamente uma oposição ao passado colonial, constituindo, assim, um dos fatores mais significativos do nacionalismo literário.



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Mácio Alves de Medeiros




Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
 



Marcos Falchero Falleiros [12-10-2013]


da p.13: “O maior trunfo, porém – para quem pesquisa as emergências misteriosas da sensibilidade” [...]

até a p. 15: [...]”tais necessidades de individuação nacional iam bem com as peculiaridades da estética romântica.”


Mais significativa que o ensaio ambicioso de Gonçalves de Magalhães, nas publicações da Revista Niterói, foi a nota que Porto-Alegre apôs à sua “Voz da Natureza”, em que valoriza apreensões artísticas do mundo brasileiro contra a regra universal do “Gramático”, firmando com mais nitidez a dicotomia:

Local e universal

Embora “Romantismo” seja adequado para designar o período brasileiro, o termo não pode identificar-se plenamente com os movimentos europeus, pois tem simultaneamente uma significação nacional e universal − o que lhe garante grande interesse crítico para a história literária e para a literatura comparada, uma vez que encontramos aí feliz adaptação do período às estilizações locais. Assim, de tal modo foi considerado a mais autêntica expressão nacional, que seus autores sentiram-se “fundadores” da literatura brasileira.

Quanto ao aspecto nacional, encontramos a junção entre o anterior nativismo, como sentimento da natureza, e o patriotismo da “polis”, como apreço pela jovem nação e a intenção de dotá-la de uma literatura independente, ainda que esse nacionalismo tivesse precedentes no Arcadismo.

Embora suas manifestações nem sempre fossem tributárias do nacionalismo, o Romantismo brasileiro teve como espírito diretor aquilo quea partir da Europa napoleônica, definiu o período como o “despertar das nacionalidades”, quando incorporar as peculiaridades locais significou libertar-se da literatura clássica, na afirmação do “próprio” contra os traços preestabelecidos e abstratizantes do “imposto”.





sábado, 28 de setembro de 2013



Lígia Mychelle de Melo





Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima






Lígia Mychelle de Melo  [28-9-2013]



Edição: Martins, 1971, Vol. 2:  
da p.11:  [subtítulo] Um grupo em Paris
até a p. 13: [...]”o complexo Schelegel-Stäel-Humboldt-Chateaubriand-Denis.”



Nesse subtópico, Antonio Candido chama a atenção para um grupo liderado por Domingos José Gonçalves de Magalhães e formado por Manuel de Araújo Porto- Alegre, Francisco de Sales Torres Homem, João Manuel Pereira da Silva e Cândido de Azeredo Coutinho que, entre os anos de 1833 a 1836, em Paris, começa a produzir uma literatura nova, uma vez que esse grupo travou contato com as novas tendências literárias. Coube a Magalhães o papel de definir, a partir de tais tendências, uma literatura para o Brasil, que fosse capaz de representar o momento de independência político-social pela qual nosso país passava.

Tendo em vista que não foi feita uma pesquisa sistemática sobre a estadia de tal grupo em Paris, Candido observa que acompanhar o percurso de sua aderência ao movimento romântico é impossível, embora ele suponha que foi Manuel de Araújo Porto-Alegre o primeiro a ter os vislumbres através do poeta português Almeida Garret. Já no ano de 1834 foi feita uma comunicação sobre a cultura brasileira ao Instituto Histórico de Paris. Essa comunicação, documento precioso e ponto de partida para a literatura nova, teve o incentivo de Eugène de Monglave e foi publicada na respectiva revista, contando com a participação de Magalhães na área da literatura, de Torres Homem nas ciências e de Porto-Alegre nas belas artes.

Mas, o passo decisivo para a fomentação do Romantismo brasileiro foi a Revista Niterói, a qual contou com Monglave para a divulgação pelo mundo culto da França. Nessa revista brasiliense de Ciências, Letras e Artes, cuja epígrafe era “Tudo pelo Brasil, e para o Brasil”, os jovens rapazes já citados trataram de escrever sobre literatura, música, direito, economia, astronomia e química. Os estudos críticos feitos por Magalhães e por Pereira da Silva findaram por constituir o ponto de partida para a teoria do nacionalismo literário.



terça-feira, 24 de setembro de 2013




Laís Rocha de Lima





Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva







Laís Rocha de Lima  [14-9-2013]




Edição: Martins, 1971, vol.2 :
da p.9:  Capítulo I. 1 O nacionalismo literário 
até a p. 11: [...]”decantando nele os elementos constitutivos, tanto locais quanto universais.”


Ligado à simbologia de um novo capítulo do livro, O nacionalismo literário tratará da significação e implantação dos movimentos arcádico e romântico no Brasil.

No princípio do Arcadismo, pedia-se por uma literatura desinteressada, ligada aos instrumentos (reformados do clássico ou não) a fim de valorizar intelectualmente as produções. Ao repensar a estrutura clássica para que essa contivesse os aspectos da cultura brasileira, criou-se uma fratura no modelo tradicional – flexibilizaram-se os moldes para comportar “a manifestação do espírito novo na pátria nova” (CANDIDO, 2009, p. 327).

O Romantismo foi demarcado não mais pelo incentivo, mas pela concretização do intuito patriótico nas produções artísticas do Brasil. Na necessidade de expressar a realidade social/cultural brasileira, partindo da autorrepresentação literária, os intelectuais alcançam a qualidade de “literatura nacional”. Conforme ensaio de Macedo Soares, é preciso que os poetas trabalhem sob “os requisitos de nacionalidade da literatura” (SOARES apud CANDIDO, 2009, p. 328) – o senso de dever patriótico repercutiu entre os escritores a consciência de contribuição ao progresso do país pelo teor das obras produzidas.

 A independência pátria e intelectual vivida no Romantismo redefiniu as posições instigadas pelo Arcadismo, que englobavam: a exposição clara dos sentimentos; o nacionalismo e a ruptura com o clássico em prol da independência literária; e a produção de uma literatura que abandonasse o sentimento vanguardista ao incluir o país e passasse a abordá-lo como tarefa patriótica.