Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda
Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva
Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria
Álvares dos Santos
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto
Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças
Oliveira
Joana Leopoldina de
Melo Oliveira
Juliana Fernandes
Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra
Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire
Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias
Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero
Falleiros
Marcus Vinicius
Mazzari
Maria Aparecida da
Costa
Maria do Perpétuo
Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da
Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de
Paula Peres
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da
Silva Morais
Antônio Fernandes de
Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
[04-08-2018]
Edição: Martins, 1971,
VOL.2:
da p. 215 – no visor p. PDF: p.
524: “ 2/ MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA – O
ROMANCE EM MOTO CONTÍNUO” [...]
até a p. 217 –
no visor p. PDF: p. 525 [...] “o ‘livro acaba quando o inútil
da felicidade
principia.’ ”
O início do texto
“Manuel Antônio de Almeida: o romance em moto-contínuo” apresenta um comentário
a respeito da excentricidade em certas obras do Romantismo. Antonio Candido
aponta que alguns livros exprimem as “tendências da ficção romântica”, seja
para o fantástico, o poético, o cotidiano, o humor ou o pitoresco. Porém,
algumas obras são destacadas por “decantarem” algumas características da
corrente romântica e se afastarem um pouco dos aspectos românticos, seja um
“ponderado realismo”, o satanismo ou a poesia em prosa, por isso Memórias de um sargento de milícias, A noite na taverna e Iracema foram citadas.
Candido ressalta que
Manuel Antônio Almeida acaba sendo visto como um “fenômeno de preflorescência
do Realismo”, por ser o homem-escritor-jornalista que consegue narrar em seu
livro costumes urbanos e se distancia do tom de “extremismo poético”. Sendo
assim, Manuel de Almeida conseguia romper a relação romântica entre o bem e o
mal e representava em seus personagens a imparcialidade. Essa característica
acaba sendo destacada por Candido e ressalta a construção do romance picaresco.
Uma ampla explanação a
respeito da riqueza do picaresco é trabalhada por Candido e a “defasagem entre
o humano e o detalhe pitoresco” é discutida a partir de uma abordagem
paradoxal. O que parece ser simples também carrega sua complexidade. E Manuel
Antônio, segundo Candido, “estava colocado, pelas próprias condições de
evolução literária da sua terra, numa posição intermediária”. Ele limitou-se no
espaço, considerando o geográfico e o social, recheou-se de Rio de Janeiro “do
primeiro quartel do século XIX”.