sexta-feira, 3 de agosto de 2018




Bethânia Lima Silva






Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 









Bethânia Lima Silva [04-08-2018]


Edição: Martins, 1971, VOL.2:

da  p. 215  – no visor p. PDF: p. 524:   “ 2/ MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA – O
                                                               ROMANCE EM MOTO CONTÍNUO” [...]                                                      
até a p. 217  – no visor p. PDF: p. 525    [...] “o ‘livro acaba quando o inútil da felicidade
                                                                         principia.’ ”


O início do texto “Manuel Antônio de Almeida: o romance em moto-contínuo” apresenta um comentário a respeito da excentricidade em certas obras do Romantismo. Antonio Candido aponta que alguns livros exprimem as “tendências da ficção romântica”, seja para o fantástico, o poético, o cotidiano, o humor ou o pitoresco. Porém, algumas obras são destacadas por “decantarem” algumas características da corrente romântica e se afastarem um pouco dos aspectos românticos, seja um “ponderado realismo”, o satanismo ou a poesia em prosa, por isso Memórias de um sargento de milícias, A noite na taverna e Iracema foram citadas.


Candido ressalta que Manuel Antônio Almeida acaba sendo visto como um “fenômeno de preflorescência do Realismo”, por ser o homem-escritor-jornalista que consegue narrar em seu livro costumes urbanos e se distancia do tom de “extremismo poético”. Sendo assim, Manuel de Almeida conseguia romper a relação romântica entre o bem e o mal e representava em seus personagens a imparcialidade. Essa característica acaba sendo destacada por Candido e ressalta a construção do romance picaresco.


Uma ampla explanação a respeito da riqueza do picaresco é trabalhada por Candido e a “defasagem entre o humano e o detalhe pitoresco” é discutida a partir de uma abordagem paradoxal. O que parece ser simples também carrega sua complexidade. E Manuel Antônio, segundo Candido, “estava colocado, pelas próprias condições de evolução literária da sua terra, numa posição intermediária”. Ele limitou-se no espaço, considerando o geográfico e o social, recheou-se de Rio de Janeiro “do primeiro quartel do século XIX”.