domingo, 28 de março de 2010

Marcel Lúcio Matias Ribeiro


Marcos Falchero Falleiros
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Orlando Brandão Meza Ucella
Peterson Martins
Renan Marques Liparotti
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Aldinida Medeiros Souza
Andreia Maria Braz da Silva
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Carmela Carolina Alves de Carvalho
Cássia de Fátima Matos
Edlena da Silva Pinheiro
Edônio Alves Nascimento
Eldio Pinto da Silva
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Kalina Naro Guimarães
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros



Marcel Lúcio Matias Ribeiro [27-3-2010]

Edição: Martins, 1971:
da p. 153 :
[início do capítulo 4 - MUSA UTILITÁRIA]
1. O poema satírico e herói-cômico
até p.157: [já item 2. O desertor e o reino da estupidez]
[...] " E semelhante a um povo amotinado,
Assim vão as notícias...
(III) "




1. O poema satírico e herói-cômico

Segundo Antonio Candido, há duzentos anos, a sátira comportava-se de modo similar ao jornalismo nos dias contemporâneos. Por meio do poema satírico, buscava-se o exercício da crítica e a orientação ética da sociedade.

No século XVII, a poesia satírica misturou-se ao burlesco e à epopéia e fez surgir o poema herói-cômico. De acordo com Boileau, o poema herói-cômico celebrava, em tom épico, um acontecimento insignificante. Geralmente, neste gênero, a sátira ficava em segundo plano sobressaindo-se o “engenho” do poeta.

A literatura brasileira possuiu como autores representantes do poema herói-cômico: Antônio Diniz Cruz e Silva, Manuel Inácio da Silva Alvarenga e Francisco de Melo Franco. Todos seguidores de Boileau.

2. O desertor e O reino da estupidez

O desertor, de 1774, de Silva Alvarenga, possui como núcleo temático a “celebração do espírito moderno, confiança nas luzes e no valor humano do ensino”. É um poema de cunho didático, “jornalismo de combate” sob as vestes de poema burlesco. Contrapõe-se à tradição escolástica.

Do ponto de vista formal, Candido ressalta a fluência dos versos brancos, porém assinala que os episódios não são bem articulados. Com o correr do tempo, perdeu em força cômica, restando a hilaridade dos tipos que esboça.