sábado, 7 de novembro de 2020

 

Afonso Henrique Fávero
 
 
 
 
 
 
 
 
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Socorro Guterres de Souza
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Adriana Vieira de Sena
 
 
 
 
 
 
Afonso Henrique Fávero  [07-11-2020]
 
 
Edição: Itatiaia, 2000, VOL.2:
da      p.  pdf do visor: p. 646   :   " Só estes dois  " [...]                                                                               
até  a p.  pdf do visor: p. 648  :  [...] " Joaquim Manuel de Macedo."
 
 
 
Os dois beneméritos a que Candido se refere são Varnhagen e Joaquim Norberto, que impulsionaram com suas obras a construção de nosso cânon (Norberto, inclusive, é visto como precursor de Sílvio Romero). O primeiro com mais erudição, o segundo com mais verve crítica, levaram eles os estudos literários a novo patamar pela capacidade em superar “a fase da antologia-texto”, divulgando em escala bem maior o conjunto de obras de figuras literárias importantes, constituindo assim “um corpus pela publicação de textos”.
 
 
Sendo naquele período as biografias essenciais para a construção da história literária, note-se no subcapítulo “A investigação biográfica” o humor fino com que Candido comenta os exageros de estudiosos que, no anseio de elevar a vida de nossos escritores, apelam à imaginação sem pregas. Isto é feito em três passagens com a utilização das reticências (e utilizadas somente nelas, como que a sinalizar tais arroubos pitorescos). Um exemplo: Joaquim Norberto fora designado pelo Instituto Histórico a reconhecer os restos mortais de Sousa Caldas em meio a várias ossadas no Convento de Santo Antônio (RJ). E pediu auxílio a Araújo Porto Alegre, partidário da frenologia (uma pseudociência, na verdade; acreditava ser o tamanho do crânio proporcional à inteligência), que “andou medindo e comparando para localizar, pelas bossas do gênio, o crânio ilustre...”
 
 
A propósito de pesquisas como essa, é preciso considerar que vivemos numa época, digamos, mais amena. Nossa tarefa é ir somente a bibliotecas, arquivos, centros de estudos etc. para elaborarmos nossos artigos, dissertações e teses...
 
 
Por fim, com vistas à formação do cânon, temos no período obras que tratam, em forma de “galeria”, de homens ilustres do passado cultural e literário. Em ordem crescente de valor: Antônio Joaquim de Melo, com Biografias de Alguns Poetas e Homens Ilustres da Província de Pernambuco; J. M. Pereira da Silva, com Plutarco Brasileiro, depois refundido em Varões Ilustres do Brasil durante os Tempos Coloniais; e Panteon Maranhense, de Antônio Henriques Leal.