Afonso
Henrique Fávero
Antônio
Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia
Lima Silva
Edlena
da Silva Pinheiro
Eldio
Pinto da Silva
Francisco
Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio
de Marchis
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline
Rebouças Oliveira
Joana
Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana
Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina
Naro Guimarães
Kalina
Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís
Rocha de Lima
Mácio
Alves de Medeiros
Manoel
Freire Rodrigues
Marcela
Ribeiro
Marcel
Lúcio Matias Ribeiro
Marcos
Falchero Falleiros
Marcus
Vinicius Mazzari
Maria
Aparecida da Costa
Massimo
Pinna
Peterson
Martins
Rosiane
Mariano
Socorro
Guterres de Souza
Terezinha
Marta de Paula Peres
Thayane
de Araújo Morais
Adriana
Vieira de Sena
Afonso
Henrique Fávero [07-11-2020]
Edição:
Itatiaia, 2000, VOL.2:
da
p. pdf do visor: p. 646 : " Só estes dois " [...]
até
a p. pdf do visor: p. 648 : [...] " Joaquim Manuel de Macedo."
Os
dois beneméritos a que Candido se refere são Varnhagen e Joaquim Norberto, que
impulsionaram com suas obras a construção de nosso cânon (Norberto, inclusive,
é visto como precursor de Sílvio Romero). O primeiro com mais erudição, o
segundo com mais verve crítica, levaram eles os estudos literários a novo
patamar pela capacidade em superar “a fase da antologia-texto”, divulgando em
escala bem maior o conjunto de obras de figuras literárias importantes,
constituindo assim “um corpus pela publicação de textos”.
Sendo
naquele período as biografias essenciais para a construção da história
literária, note-se no subcapítulo “A investigação biográfica” o humor fino com
que Candido comenta os exageros de estudiosos que, no anseio de elevar a vida
de nossos escritores, apelam à imaginação sem pregas. Isto é feito em três
passagens com a utilização das reticências (e utilizadas somente nelas, como
que a sinalizar tais arroubos pitorescos). Um exemplo: Joaquim Norberto fora
designado pelo Instituto Histórico a reconhecer os restos mortais de Sousa
Caldas em meio a várias ossadas no Convento de Santo Antônio (RJ). E pediu
auxílio a Araújo Porto Alegre, partidário da frenologia (uma pseudociência, na
verdade; acreditava ser o tamanho do crânio proporcional à inteligência), que
“andou medindo e comparando para localizar, pelas bossas do gênio, o crânio
ilustre...”
A
propósito de pesquisas como essa, é preciso considerar que vivemos numa época,
digamos, mais amena. Nossa tarefa é ir somente a bibliotecas, arquivos, centros
de estudos etc. para elaborarmos nossos artigos, dissertações e teses...
Por
fim, com vistas à formação do cânon, temos no período obras que tratam, em
forma de “galeria”, de homens ilustres do passado cultural e literário. Em
ordem crescente de valor: Antônio Joaquim de Melo, com Biografias de Alguns Poetas e Homens
Ilustres da Província de Pernambuco; J. M. Pereira da Silva, com Plutarco Brasileiro, depois refundido em
Varões Ilustres do Brasil durante os
Tempos Coloniais; e Panteon
Maranhense, de Antônio Henriques Leal.