sábado, 21 de novembro de 2020

 
 
 
 
 
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Socorro Guterres de Souza
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
 
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
 
 
 
 
 
 
Antônio Fernandes de Medeiros Jr   [21-11-2020]
 
 
Edição: Itatiaia, 2000, VOL.2:
da      p.  pdf do visor: p. 648   : [subtítulo] " A história literária  " [...]
até  a p.  pdf do visor: p. 650  :  [...] " lhe tem sido dado." [final do capítulo]
 
 
 
A sequência final, ‘A história literária’, desdobra a atividade crítica, mantém o rigor avaliativo da obra como um todo, específico neste capítulo ‘Formação do cânon literário’. Para tanto, enumera e qualifica dois predecessores de Sílvio Romero, anteriormente destacado por “esforço de meio século que tornou possível a sua ‘História da Literatura Brasileira’, no decênio de 1880”.
 
 
O primeiro deles, Fernando Pinheiro, autor de “O curso elementar de literatura nacional” (1862) e de “Resumo de história literária (prefácio datado de 1872)”. Em relação ao texto de 1862, Antonio Candido destaca a percepção de Wilson Martins para quem é livro pioneiro “(...) a primeira obra de brasileiro sobre o conjunto de nossa história literária”.
 
 
De maneira ampla, Antonio Candido considera o conjunto destas obras, o de 1862 e de 1872, “livros didáticos muito banais”, especialmente, “com pouco senso histórico”, embora identifique mérito de ser “o louvável esforço de sistematizar uma realidade contemporânea”, no Brasil, “(única reputada independente da de Portugal)”.
 
 
O segundo predecessor de Sílvio Romero – “o mais considerável empreendimento no gênero, antes de Sílvio Romero “ – é o trabalho de Sotero dos Reis, autor de o ‘Curso de literatura brasileira e portuguesa (1866-1873)”, agrupamento formado por cinco volumes, os três primeiros dedicados à literatura portuguesa e os demais à brasileira.
 
 
Antonio Candido avalia como significativo o fato de Sotero dos Reis se associar à visão moderna de Bonald, para quem “a literatura é a expressão de sociedade”, compressão distendida “a chave teórica do livro” de Sotero dos Reis: literatura “é a expressão do belo por meio da palavra escrita”.
 
 
O método de trabalho adotado parte do geral em demanda do particular:  “uma apreciação geral, apoiada na indicação do momento histórico, passa à exposição da vida, para chegar finalmente às obras, classificadas por gêneros e largamente exemplificadas” etapas que antecedem “entremeadas ou seguidas da análise, que se reduz as mais das vezes a chamar a atenção para a beleza, justeza, habilidade”.
 
 
Por fim, Antonio Candido pondera a respeito “do tom convencional, pouca originalidade e mediania que vai de página a página” do livro, entretanto, que é obra importante entre nós, “o primeiro livro coerente e pensado de história literária” e seu autor digno de maior valor “do que lhe tem sido dado”.