Antônio
Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia
Lima Silva
Edlena
da Silva Pinheiro
Eldio
Pinto da Silva
Francisco
Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio
de Marchis
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline
Rebouças Oliveira
Joana
Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana
Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina
Naro Guimarães
Kalina
Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís
Rocha de Lima
Mácio
Alves de Medeiros
Manoel
Freire Rodrigues
Marcela
Ribeiro
Marcel
Lúcio Matias Ribeiro
Marcos
Falchero Falleiros
Marcus
Vinicius Mazzari
Maria
Aparecida da Costa
Massimo
Pinna
Peterson
Martins
Rosiane
Mariano
Socorro
Guterres de Souza
Terezinha
Marta de Paula Peres
Thayane
de Araújo Morais
Adriana
Vieira de Sena
Afonso
Henrique Fávero
Antônio
Fernandes de Medeiros Jr [21-11-2020]
Edição:
Itatiaia, 2000, VOL.2:
da
p. pdf do visor: p. 648 : [subtítulo] " A história
literária " [...]
até
a p. pdf do visor: p. 650 : [...] " lhe tem sido
dado." [final do capítulo]
A
sequência final, ‘A história literária’, desdobra a atividade crítica, mantém o
rigor avaliativo da obra como um todo, específico neste capítulo ‘Formação do
cânon literário’. Para tanto, enumera e qualifica dois predecessores de Sílvio
Romero, anteriormente destacado por “esforço de meio século que tornou possível
a sua ‘História da Literatura Brasileira’, no decênio de 1880”.
O
primeiro deles, Fernando Pinheiro, autor de “O curso elementar de literatura
nacional” (1862) e de “Resumo de história literária (prefácio datado de 1872)”.
Em relação ao texto de 1862, Antonio Candido destaca a percepção de Wilson
Martins para quem é livro pioneiro “(...) a primeira obra de brasileiro sobre o
conjunto de nossa história literária”.
De
maneira ampla, Antonio Candido considera o conjunto destas obras, o de 1862 e
de 1872, “livros didáticos muito banais”, especialmente, “com pouco senso
histórico”, embora identifique mérito de ser “o louvável esforço de sistematizar
uma realidade contemporânea”, no Brasil, “(única reputada independente da de Portugal)”.
O
segundo predecessor de Sílvio Romero – “o mais considerável empreendimento no
gênero, antes de Sílvio Romero “ – é o trabalho de Sotero dos Reis, autor de o
‘Curso de literatura brasileira e portuguesa (1866-1873)”, agrupamento formado
por cinco volumes, os três primeiros dedicados à literatura portuguesa e os
demais à brasileira.
Antonio
Candido avalia como significativo o fato de Sotero dos Reis se associar à visão
moderna de Bonald, para quem “a literatura é a expressão de sociedade”,
compressão distendida “a chave teórica do livro” de Sotero dos Reis: literatura
“é a expressão do belo por meio da palavra escrita”.
O
método de trabalho adotado parte do geral em demanda do particular: “uma apreciação geral, apoiada na indicação do
momento histórico, passa à exposição da vida, para chegar finalmente às obras,
classificadas por gêneros e largamente exemplificadas” etapas que antecedem
“entremeadas ou seguidas da análise, que se reduz as mais
das vezes a chamar a atenção para a beleza, justeza, habilidade”.
Por
fim, Antonio Candido pondera a respeito “do tom convencional, pouca
originalidade e mediania que vai de página a página” do livro, entretanto, que
é obra importante entre nós, “o primeiro livro coerente e pensado de história
literária” e seu autor digno de maior valor “do que lhe tem sido dado”.