Francisco Roberto
Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças
Oliveira
Joana Leopoldina de
Melo Oliveira
Juliana Fernandes
Ribeiro Dantas
Kalina Naro
Guimarães
Kalina Alessandra
Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de
Melo
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias
Ribeiro
Marcos Falchero
Falleiros
Marcus Vinicius
Mazzari
Maria Aparecida da
Costa
Maria Valeska Rocha
da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de
Paula Peres
Thayane de Araújo
Morais
Afonso Henrique
Fávero
Antônio Fernandes de
Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda
Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria
Álvares dos Santos
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto
Papaterra Limongi Mariutti [16-05-2015]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 78: [PDF-+-p. 399] [Teixeira e
Sousa]“As poesias líricas são ruins; o poema indianista, Três dias de
um noivado, péssimo”[...]
até a p. 80: [PDF-+-p. 402]
“Os temas do poema ‘arrancaram
à sua melancólica dor uma poesia
sentimental’.” [final do subcapítulo]
Uma das características de açu-Acê é ser parcimonioso em adjetivos;
basta procurar em seus ensaios – todos, sem exceção, exemplos de erudição
sólida e harmonia de composição – e nunca será fácil encontrar um acúmulo de
qualificadores; no entanto, neste subcapítulo, a respeito dos êmulos de
Gonçalves de Magalhães, há muitos termos desabonadores em relação à obra
poética de Joaquim Norberto, Antônio Francisco Dutra e Melo e Antônio Gonçalves
Teixeira e Sousa, a que se pode juntar "Sob o signo do folhetim: Teixeira
e Sousa", páginas que fixam o lugar histórico de um autor menor.
Assim, sucedem tolice pedestre, pasmosa vulgaridade, irremediável
vulgaridade, decepcionantes (...)
ilusões poéticas, impressão (...) de banalidade, desvaliosa como realização poética, pior que péssimos. Acê não se transforma, por isso, num adjetivador inconsequente,
desprovido de senso analítico; trata-se, suponho, antes, de uma forma de
expressar, por contraste, a distância entre a matéria sobre a qual Machadão vai
refletir e ordenar segundo a mais exigente consciência histórico-literária e a
dimensão máxima da própria obra machadiana.
A importância histórica do editor
da revista Niterói é sublinhada
repetidas vezes pelo autor da Felebê,
assim como o descompasso entre o valor estético de sua obra – pequeno, em última
análise – e a grande capacidade de influir nos rumos de uma literatura – de uma cultura, por assim dizer – durante
momentos decisivos, sobretudo a década compreendida entre 1836 e 1846.
Gonçalves de Magalhães foi uma espécie de preceptor dos três poetas em pauta,
conforme pode ser lido no último parágrafo deste subcapítulo, quem “'lhes deu a
ideia de Romantismo".
A estreiteza do ambiente
intelectual desse período e o patrocínio estatal à difusão da poesia moderna
nos trópicos portugueses recém emancipados explicam, em parte ao menos, o
descompasso indicado. Ainda que Teixeira e Sousa figure na Felebê como seguidor de Magalhães, dado que o critério desta
história da Literatura Brasileira é estético e histórico, ou seja, alguns
degraus acima dos meros eventos, não fez parte do séquito que se formou em
torno deste - Acê usa o termo “panela”
para referir o grupo dos ungidos pelo amigo do imperador. O autor de O filho do pescador participa da roda de
amigos do livreiro-editor Francisco de Paula Brito, da qual faria parte, tempos
depois, Machadão; noutras palavras, o autor de Quincas Borba formou-se num ambiente intelectual muito xucro, o que
é mencionado em outras partes pelo autor de Literatura
e sociedade com mais ênfase.