Thayane de Araújo Morais
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais [19-05-2018]
Edição: Martins, 1971,
VOL.2:
da p. 203:
[visor p. PDF: p. 511] “Os outros poetas apresentam” [...]
até a p.
205: [visor p. PDF: p. 513] [...]“no mesmo molde
de “Spleen e Charutos”. ”
Em continuidade ao
subtópico “safra mediana”, Antonio Candido faz uma breve análise do estilo dos
poetas, ao afirmar que estes dão seguimento às características avistadas na
construção dos destacados poetas de primeiro plano. Somadas as marcas correntes
nesse tempo, o crítico aponta a monotonia na leitura poética que confere a essa
poesia o “abandono à facilidade”. Primeiro, pode-se assinalar a tendência,
muitas vezes sem propósito, ao uso de anapesto e anfíbraco. Segundo, em relação
às temáticas, não há vestígios de inovação, “todos cultivam a musa patriótica,
alguns a indianista”, a exceção de Bittencourt Sampaio, Bruno Seabra, Sousa
Andrade e Trajano Galvão que, de forma inédita, “cantam o negro” no terceiro
momento da poesia romântica.
Ao seguir com a
crítica em tom categórico, Candido demonstra a inclinação peculiar a cada
poeta, a começar pelas peças líricas de Bittencourt Sampaio, nas quais chama
atenção à desarticulação dos versos na estrofe que, embora agradável, marca a
superficialidade das suas construções. Logo depois, em Teixeira de Melo, o
autor afirma que nos “secundários” se nota de maneira taxativa as inscrições de
uma escola. Essa afirmação ressalta a característica negativa de
“imobilizados”, e também indica claramente as limitações criativas que Antonio
Candido aponta nos “medianos”.
Em relação a Franklin
Dória, “poeta fácil e bem mais primário”, é a delicadeza de seus versos que se
destaca ao explorar cenas diárias do Recôncavo baiano. Sua visão de “amador
compreensivo da natureza” completa a análise da sua poesia em vista do poema
“Vulto”, que canta a beleza avistada na hora mais escura do dia:
Puro, limpo e risonho o firmamento;
O oceano coalhado, sonolento;
Silencioso o vale, calmo o vento,
E em tudo, como esmalte, este luar!
Não cansa a vista de mirar tal cena:
A alma estremece nesta hora amena
E arde sequiosa por gozar.
Antonio Candido, desde
o início do trecho, articula comentários incisivos sobre os poetas citados
acima, demonstrando o caráter insosso
que enxerga no referido período da literatura brasileira. Ainda assim, não
falha em visualizar pontos relevantes que ganham os primeiros contornos com
esses poetas. É o caso da questão social que tem início em figuras como Sousa
Andrade e termina no “lirismo social de Castro Alves”, quarta linha da poesia
romântica; e a “peça democrática” de Dória, “O povo”, que antecipa o influxo
político que ganha expressividade em dias futuros da produção literária.