Daniel de Hollanda
Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva
Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria
Álvares dos Santos
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto
Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças
Oliveira
Joana Leopoldina de
Melo Oliveira
Juliana Fernandes
Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra
Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire
Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias
Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero
Falleiros
Marcus Vinicius
Mazzari
Maria Aparecida da
Costa
Maria do Perpétuo
Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da
Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de
Paula Peres
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de
Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Marcos Falchero
Falleiros [18-08-2018]
Edição: Martins, 1971,
VOL.2:
da p. 217 – no visor
p. PDF: p. 526: “ Com efeito, a felicidade
é ” [...]
até a p. 219 –
no visor p. PDF: p. 528 [...] “máscula da ficção romântica.”
O interessante desse
capítulo sobre Memórias de um sargento de
milícias é que ele pode ser visto como um embrião do que viria a ser o
grande ensaio de Antonio Candido sobre o romance: “Dialética da malandragem”,
de 1970.
Aqui, de maneira
sumária, na condição própria aos objetivos de Formação da literatura brasileira, o romance, apesar de ganhar um
capítulo específico, não deixa de figurar como uma passagem do grande
mapeamento em que está inserido.
Assim, ao invés da
elaboração crítica de termos que consagrariam a obra posteriormente, tais como
“dialética da ordem e da desordem”, “mundo sem culpa”, andamento do enredo em allegre vivace, aparecem qualificações
em que se percebe a posteriori seu potencial crítico, mas ainda em situação
superficial inerente à profundidade do contexto maior em que se dilui, além de
outras que perderiam importância como a da planificação dos tipos, dentro da
conceituação de flat characters, de
E. M. Forster.
Manuel Antônio de Almeida é qualificado por Antonio Candido
como um “romancista de costumes”, voltado para a “visão direta da sociedade” –
uma caracterização oposta à do ensaio. Entretanto, o crítico já destaca a
capacidade do romancista de “estrangular a retórica embriagadora, a distorção
psicológica, o culto do sensacional”.
Muito do ensaio de 1970 já aparece nesse capítulo, como
esta passagem: “a surpreendente imparcialidade com que trata os personagens,
rompendo a tensão romântica entre o Bem e o Mal por meio de um nivelamento
divertido dos atos e caracteres”. O “moto contínuo” do título evoluiria
conceitualmente para a “dialética da ordem e da desordem”, tanto quanto a
“sarabanda” para o allegre vivace do
“Tutto nel mondo è burla” – para lembrar ainda outra expressão com que Antonio
Candido posteriormente caracterizou o romance em “Dialética da malandragem”.