Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Socorro Guterres de Souza [15-06-2019]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 253 – no visor da obra
em pdf: p. 556 : "Mais ou menos pelo mesmo tempo,
Tobias”[...]
até a p. 256 – no visor da obra em pdf: p.
560: [...] "Cópia servil
dos homens."
Ao
discorrer sobre as novas direções na poesia, Candido ressalta o condoreirismo
de Tobias Barreto, em voo alto por renovação da sociedade brasileira, cujos
versos vieram difundir um novo tom: “Assopras nas grandes tubas, Que despertam
as nações; Eriçam-se as férreas jubas, Uivam as revoluções...”
A fase
final do Romantismo, afirma Candido, se desenvolve num “tumultuoso decênio de
sonoridades e melopeias, num cruzamento do verso com a ênfase do discurso”,
fato que vai encontrar expressão principal na poesia abolicionista, cantada por
quase todos os poetas da geração, embora apenas Castro Alves a tenha elevado à
categoria de grandeza.
Ao
ribombar da poesia social e heroica, Candido dispõe num grupo os poetas
sentimentais, que Varela chefiaria, e noutro grupo, aqueles com “preferência
marcada pela energia da dicção e a seiva ardente do sentimento”, com Castro
Alves à frente.
Candido
expõe ainda a “falta de originalidade” nas poesias da fase romântica de Machado
de Assis. “São bem penteadas e não fazem feio”. Nessa primeira fase, Candido
destaca a Lira Chinesa, “traduções
onde o caráter direto e concreto da poesia oriental” permitiram ao poeta uma
forma adequada à serenidade dos temas, o que pode ser contemplado nos versos de
“O Poeta a Rir”:
Taça d’água parece o lago ameno;
Têm os bambus a forma de
cabanas,
Que as árvores em flor, mais
altas, cobrem
Com verdejantes tetos.
As pontiagudas rochas sobre
flores,
Dos pagodes o grave aspecto
ostentam...
Faz-me rir ver-te assim, ó
natureza,
Cópia servil dos homens.