Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline
Rebouças Oliveira [07-03-2020]
Edição:
Itatiaia, 2000, VOL.2:
da
p. pdf do visor: p. 596: "2. O regionalismo como programa e
critério estético:
Franlin Távora" [...]
até
a p. pdf do visor: p. 598: [...] "destruiu antes de
morrer".
No tópico “O regionalismo como programa e critério
estético: Franklin Távora”, Antonio Candido tece considerações a respeito da
literatura regionalista, destacando que o sistema unitário de política,
preservado por algumas circunstâncias, não impediu que a diversidade
favorecesse o desenvolvimento da nossa cultura, pois a colonização aconteceu através
de núcleos separados, com o desenvolvimento econômico e a evolução histórica ocorrendo
de forma heterogênea – o que favoreceu o nascimento de culturas diferentes em
cada região.
Para reforçar o seu argumento com relação à forma
de colonização e ao surgimento da literatura regionalista, o autor aponta a
visão do historiador Alfredo Ellis Jr. e de outros críticos. Segundo Candido,
Ellis Jr. afirma que, desde a época de João Ribeiro e Handelmann, defendia-se a
ideia de que havia várias colônias portuguesas na América. É nesse sentido que
Viana Moog “procurou interpretar a nossa literatura em função do que chamou ilhas de culturas mais ou menos autônomas
e diferenciadas”. Resumindo: a literatura tinha certas autonomias e diferenças,
pois dependia da cultura local. Além disso, cada região tinha sua
peculiaridade. Essas diferenças na cultura influenciavam os escritores.
Assim, o Nordeste se destacou por sua autonomia na
geografia, na história e na cultura brasileiras, o que fez despertar o
sentimento regionalista, como na Confederação do Equador, uma tentativa de dar
expressão política à diversidade. No
entanto, não alcançou êxito, ao contrário da literatura e da oratória, que
foram bem sucedidas, visto que procuravam exprimir sua consciência e dar estilo
à sua cultura.
Na sequência, Candido destaca que o nacionalismo
romântico, que retratava os feitos brasileiros, foi transformado em um
regionalismo literário, ilustrado nos romances de Franklin Távora, primeiro
romancista regionalista do Nordeste. A produção de Franklin Távora,
assim, juntava-se à de seus antecedentes (Trajano Galvão, Juvenal Galeno e Alencar),
tornando-se um programa quase culto, estimulado pelo contraste entre a
decadência do Nordeste e a supremacia política do Sul.
Por fim, o autor cita os romances de Franklin
Távora: Os índios do Jaguaribe
(1862), de uma obra que a partir daí se mostra voltada à história e aos
costumes pernambucanos: Um casamento no
Arrabalde (1869), O cabeleira
(1876), O matuto (1878), O sacrifício (1879), Lourenço (1881). Acrescentem-se dois
trabalhos, um sobre a Guerra dos Mascates e outro sobre a Revolução de 1817 –
desconhecidos, posto que destruídos pelo autor.