Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika
Bezerra Cruz de Macedo [21-12-2019]
Edição: Itatiaia, 2000, VOL.2:
da p. pdf do
visor: p. 594 : [Capítulo VII A corte e a
província]
" 1. Romance de Passagem"
[...]
até a p. pdf do visor: p. 595
: [...] "mais bonitos do Romantismo".
No início do tópico “Romance de passagem”,
Antonio Candido tece sagaz comentário acerca da fluidez que caracteriza as
fronteiras da história literária, incapazes de reter, por sua arbitrariedade e
insuficiência, elementos categóricos de um período. É nesse sentido que o
mestre Candido aponta, como principais integrantes da fase final da ficção
romântica brasileira, três escritores cuja produção literária de modo algum
implica o encerramento da atividade literária daqueles que o precederam.
Ou seja, se as cores das bem sucedidas linhas de
Machado de Assis, Franklin Távora e do Visconde de Taunay passam a despontar no
crepúsculo da prosa romântica nacional, elas se mesclam às matizes oriundas das
penas de Joaquim Manuel de Macedo, “em plena forma”, de José de Alencar, “na
metade de seu trabalho”, e de Bernardo Guimarães, o qual apenas iniciara sua
participação no panorama literário nacional.
Essa fase, que tem como marco o ano de 1872, no
qual Machado estreia sua carreira de romancista com Ressurreição,
Taunay publica sua obra-prima, Inocência,
e Távora lança um volume de suas Cartas a
Cincinato, é um período que se destaca por uma postura contrária a
elementos típicos do idealismo romântico e a favor da “fidelidade documentária
e da orientação social definida”.
Nela, sobretudo, importa a descrição de costumes
como forma básica de estudo do homem na ficção e aparecem os rudimentos da
análise psicológica, os quais se entrelaçam numa espécie de repositório
privilegiado das tradições genuinamente nacionais.
Nessa tradição, inclui-se uma compreensão acerca
da arte como imitação, a qual tem, dentre outras atribuições, a finalidade de
trazer concomitantemente às páginas do romance não só um senso de beleza, mas
também uma noção da complexidade humana. Por conseguinte, escritores como a
tríade já citada, embora possuam qualidades literárias distintas, contribuem de
modo significativo para encerrar harmoniosamente o período romântico.