sábado, 28 de outubro de 2017


Marcos Falchero Falleiros





Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva








Marcos Falchero Falleiros [28-10-2017]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p.  184:      [visor p. PDF: +- p. 493]   “Não desejo, nem de leve, sugerir nele qualquer  
                                                                 incapacidade"  [...]              
até a p. 186:   [visor p. PDF: +-p. 495]  [...] “Morno suor me banha o peito langue.
                                                                                           ("Minha amante”)".


Rebatendo, em nota, os aspectos psicanalíticos da rica leitura de Mário de Andrade no ensaio “Amor e medo”, Antonio Candido ressalva que não pretende sugerir anormalidade afetiva na figura empírica de Álvares de Azevedo, mas avaliar criticamente sua produção poética como expressão de “o” adolescente, típico da educação cristã, causadora de desajustes e, ao mesmo tempo, de estímulo para a sublimações da arte.

Assim, o tema da prostituta, herdeira da Marion, de Musset, ganha, sob o prisma individual do jovem inibido, a significação do prazer carnal, enquanto, sob o aspecto social, apresenta a meretriz como ser marginal, pária e fora da lei, respondendo aos apelos românticos e, nas poesias em terceira pessoa, transfigurando a miséria sifilítica (que aparece na crua realidade de Macário) num cenário de veludos, vinho, tochas e punhais, construído à luz de vela nas pobres “repúblicas”. São representações saturadas de “orgias” e “gozos”, graças à força obsessiva da mulher para a adolescência, cujo desejo abafado contrasta com o sopro viril de Castro Alves.


Noite e langor


“Amor”, “sono” e “sonho” são os termos de sua poesia, a cujo campo semântico se ligam, para designar posse, “dormir”, “desmaio” – tudo remetido ao sentido da “evanescência”, da volatilização que atinge a própria natureza. Nessa atmosfera, o crítico encontra, no poema “Meu sonho”, “o símbolo mais cruento e desesperado que a angústia carnal encontrou no Romantismo”. [cf. a sua análise detalhada no ensaio “Cavalgada ambígua”, de Na sala de aula].