segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

 

 
Edlena da Silva Pinheiro
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Socorro Guterres de Souza
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
 
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
 
 
 
 
 
 
Edlena da Silva Pinheiro [19-12-2020]
 
 
Edição: Itatiaia, 2000, VOL.2:
da      p.  pdf do visor: p. 653  :     “Como vemos” [...]
até  a p.  pdf do visor: p. 655  :  [...] " contrastes que a animam."
 
 
Para Álvares de Azevedo as imagens são sempre relacionadas a situações concretas descritas no texto, ou seja, o poeta estabelece dois aspectos necessários à integridade do conceito – uma realidade mais subjetiva e, outra, uma realidade exterior.  Assim, numa concepção flutuante, o belo se alterna e depende da natureza das imagens ou das emoções experimentadas. É uma experiência de ânsia de beleza total que supera limites e conveniências, porque uma obra pode ser moral ou imoral, mas o importante é que seja bela, pois a finalidade da poesia é a beleza.
 
 
Candido analisa o estudo crítico de Álvares de Azevedo sobre “Jacques Rolla” , de Musset, em que Azevedo é o único brasileiro claramente unido à teoria dos contrastes, pois todo o estudo se desenvolve nesse plano, devassidão e pureza do personagem, fé e descrença, tradição e mudança a partir da metáfora inicial das duas faces da medalha.  Nesse estudo aparecem as qualidades e os defeitos de Álvares de Azevedo como crítico, uma vez que sua análise é descritiva, com longas transcrições. O seu método é o da comparação, apostos, antíteses, aproximações e digressões. Candido vê qualidade no texto de Azevedo, embora observe que tudo vá meio jogado de cambulhada.
 
 
Assim, o ensaio é a definição de poesia romântica, como estudo do poeta romântico psicologicamente dividido e moralmente contraditório. O texto  tem de tudo um pouco, partindo do  tema central à análise do poema, e isso resulta num ensaio rico, capaz de evidenciar a capacidade crítica de Azevedo e confirmar o seu pensamento essencialmente romântico. Situando o conceito da beleza na fusão dos diferentes aspectos da realidade, exprime as contradições do mundo, onde cabe ao artista, de acordo com a sua complexidade interior, relacionar os contrastes que motivam a sua obra.