Edlena
da Silva Pinheiro
Eldio
Pinto da Silva
Francisco
Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio
de Marchis
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline
Rebouças Oliveira
Joana
Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana
Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina
Naro Guimarães
Kalina
Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís
Rocha de Lima
Mácio
Alves de Medeiros
Manoel
Freire Rodrigues
Marcela
Ribeiro
Marcel
Lúcio Matias Ribeiro
Marcos
Falchero Falleiros
Marcus
Vinicius Mazzari
Maria
Aparecida da Costa
Massimo
Pinna
Peterson
Martins
Rosiane
Mariano
Socorro
Guterres de Souza
Terezinha
Marta de Paula Peres
Thayane
de Araújo Morais
Adriana
Vieira de Sena
Afonso
Henrique Fávero
Antônio
Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia
Lima Silva
Edlena
da Silva Pinheiro [19-12-2020]
Edição: Itatiaia, 2000, VOL.2:
da p. pdf do visor: p. 653 :
“Como vemos” [...]
até a p. pdf do visor: p.
655 : [...] " contrastes que a animam."
Para
Álvares de Azevedo as imagens são sempre relacionadas a situações
concretas descritas no texto, ou seja, o poeta estabelece dois aspectos necessários
à
integridade do conceito – uma realidade mais subjetiva e, outra, uma realidade
exterior. Assim, numa concepção
flutuante, o belo se alterna e depende da natureza das imagens ou das emoções
experimentadas. É uma experiência
de ânsia
de beleza total que supera limites e conveniências,
porque uma obra pode ser moral ou imoral, mas o importante é que seja bela,
pois a finalidade da poesia é a beleza.
Candido
analisa o estudo crítico de Álvares de Azevedo
sobre “Jacques Rolla” , de Musset, em que Azevedo é o único
brasileiro claramente unido à teoria dos contrastes, pois
todo o estudo se desenvolve nesse plano, devassidão e
pureza do personagem, fé e descrença, tradição e
mudança a partir da metáfora inicial das duas faces da
medalha. Nesse estudo aparecem as
qualidades e os defeitos de Álvares de Azevedo como crítico,
uma vez que sua análise é descritiva, com longas
transcrições. O seu método é o da
comparação,
apostos, antíteses, aproximações
e digressões. Candido vê
qualidade no texto de Azevedo, embora observe que tudo vá
meio jogado de cambulhada.
Assim,
o ensaio é a definição de poesia romântica,
como estudo do poeta romântico psicologicamente dividido
e moralmente contraditório. O texto tem de tudo um pouco, partindo do tema central à análise
do poema, e isso resulta num ensaio rico, capaz de evidenciar a capacidade crítica
de Azevedo e confirmar o seu pensamento essencialmente romântico.
Situando o conceito da beleza na fusão dos diferentes aspectos da
realidade, exprime as contradições do mundo, onde cabe ao
artista, de acordo com a sua complexidade interior, relacionar os contrastes
que motivam a sua obra.