sexta-feira, 30 de junho de 2017





Kalina Naro Guimarães






Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas




Kalina Naro Guimarães  [01-07-2017]



Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p.  169:      [visor p. PDF: p. 480]    “Notemos que esse poeta sem requinte foi,”[...]
até a p. 172:   [visor p. PDF: p. 483+-]    [...]“Aí pousai
                                                                       (Dedicatória dos “Cantos da Solidão”) ”



Continuando a discussão sobre a poesia de Bernardo Guimarães, Candido destaca sua preocupação com a experimentação métrica, adequando, com êxito, o ritmo à psicologia. Como exemplo, cita o poema “Galope infernal”, paradigmático da estética romântica, que reúne o ambiente onírico, o tom de balada e ritmos que sugerem desde uma desenfreada cavalgada até estados de indecisão, serenidade e reflexão.


Somado a poemas de respeitável execução como “O devanear do céptico”, “Desalento”, “Ao charuto”, “Idílio”, entre outros que constituem a melhor parte de sua obra lírica, Candido sentencia que a poesia de Bernardo Guimarães não é decerto grande, mas apreciável, considerando o esquecimento a que foi relegado, até que Bandeira o restaurasse em famosa antologia.


Candido ressalta a natureza como sentimento predominante desta poesia. Contudo, diferente do que ocorre em boa parte dos poemas românticos, em que a natureza funciona como espaço de projeção de experiências e sentimentos humanos, a lírica de Bernardo Guimarães traz um apego real à paisagem, ao mundo exterior, objeto de contemplação apaixonada e poderoso estímulo poético. Nesta lírica, a natureza não parece sinalizar estados de alma; antes, estes parecem nascer ao contato com o mundo exterior.


terça-feira, 27 de junho de 2017

Juliana Fernandes Ribeiro Dantas





Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira







Marcos Falchero Falleiros
[substituindo Juliana Fernandes Ribeiro Dantas – 17-06-2017]

 Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p.  167:      [visor p. PDF: p. 478]    “A sua imaginação floral deita raízes nesse mundo onde o cravo briga com a rosa”[...]
até a p. 169:   [visor p. PDF: p. 480]    [entrando pelo 4. Bernardo Guimarães, poeta da natureza [...]“quando já encontrara no romance outra forma de expressão”.


Ainda em relação a Laurindo Rabelo, resta assinalar que a metaforização floral nele é singela, bem diferente de uma complexidade barroca e trocadilhada como a de Gregório de Matos, mostrando-se próxima da ingenuidade dos versinhos de Afonso Celso, quando “rosa” limita-se a “planta, beijo e paixão”.

Apesar de mais lírica, sua botânica mostra-se mais próxima do primitivo e do folclore, onde as flores são “almas externas”, avatares de sentimentos do eu lírico, como melancolia, desejo, amores – imagens que nos desdobramentos pré-românticos tenderiam ao signo, às vezes sentenciosas, na passagem do vegetal ao simbólico. Em Laurindo Rabelo, passam da experiência da flor à sua desmaterialização no espírito, o “coração que vai se tornando um vaso”, com um sistema de signos cuja expressão pode lembrar, por exemplo, “O grifo da morte” de Mário de Andrade, ou a imagem, inscrita da alma, do chinês extático de Mallarmé.


4. Bernardo Guimarães, poeta da natureza


Antonio Candido atribui à poesia de Bernardo Guimarães a imagem de fruta saborosa com semente amarga: volúpia e euforia voltadas para o mundo exterior com eventuais traços de azedume que chegam a um satanismo e perversidade com marcas pitorescas de seu ambiente paulistano.

Seu estro plástico e musical indisciplinado alcançou versos admiráveis, como os de Poesias diversas, de sua segunda fase. Entretanto, quando não havia ainda domesticado seus impulsos desordenados, produziu as peças mais significativas de sentimento da natureza. Na última fase passa por um processo interessante: nota-se um retorno na maturidade à harmonia neoclássica, decadência da inspiração e tendência à prosa. Longe de Minas, pode ter se insinuado nele um insidioso atavismo arcádico. De tal modo que a última fase parece no plano formal preceder as anteriores à sua opção pelo romance como outra forma de expressão.