segunda-feira, 23 de maio de 2016





Massimo Pinna



Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva









Massimo Pinna [21-05-2016]

Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 117 :      [PDF p. 433]  “Este realismo, que foi virtude e obedeceu ao programa nacionalista”[...]
até a p. 118 :  [PDF p. 434]  [...] “os achados modestos dos escritores que passaremos agora a estudar.”[final do subcapítulo]




Encerrando o subcapítulo um, Antonio Candido evidencia que o realismo limitou os escritores na representação narrativa, sendo Macedo o caso mais peculiar. De um lado, nasce uma literatura regionalista que apresenta situações repetitivas, de outro, uma fiel mimese dos modelos literários franceses e portugueses, impedindo, desta forma, uma continuidade literária autóctone. Caso notável, de parte dos romancistas post-românticos, não terem aproveitado o trabalho admirável do Alencar, e terem repetido o erro dos realistas.


Circunstância diferente foi a de Machado, que conhecia profundamente a obra de seus predecessores brasileiros e, justamente partindo disso, desenvolveu seu trabalho literário, livre dos vínculos europeus, de modo original, porém ligado à literatura que o precedeu. Ele pode ser considerado, assim, o legatário de escritores como Macedo, Manuel Antônio e Alencar, sem cair, contudo, devido à sua genialidade, na mera imitação deles.


Candido afirma, de maneira peremptória, que Machado “é o escritor mais brasileiro que jamais houve, e certamente o maior”. Não só pelo já comentado, mas também pela capacidade introspectiva que caracteriza suas obras.


Daí, se ele teve inúmeras fontes europeias que constituíram a sua visão do mundo, foram a consciência e a apreciação da literatura brasileira precedente que formaram o terreno fértil para sua criação literária, como também a humildade em saber valorizar o legado recebido, acrescentando além disso algo inédito até então.