Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva [25-11-2017]
[substituída por
Marcos Falchero Falleiros]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p.
188: [visor p. PDF: p. 497] “O ‘misterioso
bretão’ era, com efeito, influência
perigosa
[...] "
até a p. 190: [visor p.
PDF: p. 499] [...]“na sua obra, atribuir ao amor como
fuga e
aspiração".
Ao tratar da
influência sem força de Byron sobre Álvares de Azevedo, Antonio Candido
caracteriza a obra do “misterioso bretão” em dois parágrafos clínicos que nos
brindam com a precisão crítica de uma lição vivaz e completa sobre o poeta britânico
[ver p. 188].
Daí contrapõe suas
irregularidades, postas entre a loquacidade e o romanesco barato, à imitação
decorada dos estudantes de São Paulo na criação de meras paródias ao som de
viola sertaneja, de que as três obras de Álvares de Azevedo, marcadas por tal
influência, são exemplo risonho, entre o confuso e o pueril.
Ao Conde Lopo pode-se aplicar uma
apreciação de um crítico norte-americano sobre outra obra: “é tão má, mas tão
má, que quase chega a ser boa”. A noite
na taverna salva-se pela intensidade emocional que consegue dissolver o
ridículo da pose satanista. Macário triunfa,
em seu desarranjo, pelo fascínio que causa a empiria de São Paulo e pela feliz
projeção do debate interior, na binomia de si, entre Macário e Penseroso
[observe-se o título do capítulo: “Ariel e Caliban”].
Assim, em Macário, suma literária do poeta, onde ele
exprime suas concepções de teoria estética, função da literatura e teoria
erótica, teremos em “Macário” o Álvares de Azevedo byroniano, por contraste situado
em São Paulo, mas ateu, desregrado, irreverente e universal. Em “Penseroso”, na
Itália, personagem que morre infeliz, puro e melancólico, projetar-se-á o
Álvares de Azevedo crente, estudioso e nacionalista. Macário, sobrevivente,
debruça-se com Satã para ouvir pela janela da taverna a materialização de sua
vertigem interior através das narrativas dos cinco moços.