sábado, 18 de abril de 2020




Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva







Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães






Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva [18-04-2020]

Edição: Itatiaia, 2000, VOL.2:
da      p.  pdf do visor: p. 606:              "3 A sensibilidade e o bom senso de Visconde de   
                                                            Taunay"[...]
até  a p.  pdf do visor: p. 608:  [...] "Távora enxergava na consciência regional."



Em Formação da Literatura Brasileira, Antonio Candido apresenta a sensibilidade e o bom senso de Visconde de Taunay, utilizando como exemplo a obra Inocência, resultante de dois elementos cruciais para a composição do estilo tauneano:  impressões de quando o autor era jovem; lembrança que conservou suas experiências.

Antes de se tornar o militar que transitava entre os dois mundos, a urbe e o sertão, ainda na infância, Taunay teve uma educação do olhar, aprimorada pela música e pelas artes plásticas, promovida pelo seu pai, tios e primos, amantes das artes e apreciadores do Visconde de Chateaubriand. Tal ambiente é propício para que ele se torne sensível às humanidades.

Candido destaca sua singularidade no período pré-romântico brasileiro não exatamente por cultuar um estilo mais burilado em intimismo para a criação de um mundo simbólico, mas por ser revestido de experiências por ele vividas, por isso reconhece a inovação desse recurso memorialístico para a época, tanto que o compara a dois outros escritores franceses que fizeram um longo excurso pelo Brasil. Não por acaso Taunay é mostrado como uma mistura de Ferdinand Denis, um viajante especialista em História do Brasil e de Charles Ribeyrolles, um jornalista exilado no período napoleônico. Certamente, por reunir e apresentar objetivamente detalhes do Brasil rural e seus problemas sociais, ainda que sob uma visão exótica.

Candido desnuda os bastidores da obra, trazendo elementos biográficos tão distintivos do estilo tauneano. Essa é a chave para ler a fortuna crítica do autor franco-brasileiro.

Anos depois, o pré-modernista Euclides da Cunha, também militar e escritor, trará em sua obra uma ressonância literária do estilo tauneano. Guardadas as semelhanças de serem períodos anteriores às estéticas literárias a caminho, o estilo euclidiano se despede das semelhanças ao abandonar o conservadorismo da forma, embora o sertão seja o ponto de partida para os dois universos literários.

quarta-feira, 15 de abril de 2020




Juliana Fernandes Ribeiro Dantas







Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas








Marcos Falchero Falleiros [04-04-2020]


Edição: Itatiaia, 2000, VOL.2:
da      p.  pdf do visor: p. 600:  "N’ O matuto" [...]
até  a p.  pdf do visor: p. 605:  [...]  "modismos anteriores".




Consequentemente, a obra de Franklin Távora se caracteriza pela irreverência intelectual e a repulsa ao superficial no enfoque histórico e fisionômico da região e na descrição dos comportamentos dos tipos humanos, incluindo uma feição extraliterária em sua fatura.

Sua imperícia o impediu de ser um grande escritor. Criticava Alencar, mas justamente o que lhe faltou foi o calor artístico e o estilo daquele para criar o mundo autônomo da literatura. Ainda assim, assimilou razoavelmente a técnica bifocal do fundador do romance histórico, Walter Scott, que temperava a verossimilhança articulando com personagem fictícia o contexto das personagens históricas. Pôde, portanto, compor, sob influência de Scott e de Alexandre Herculano, algumas cenas de qualidade, ao retratar, sobretudo em O matuto e Lourenço, o painel da ascensão das classes burguesas, comerciárias,  contra os latifundiários, na Guerra dos Mascates.

Foi reverenciada como sua obra-prima, já pelos críticos contemporâneos, a novela Casamento no arrabalde (1869), possível momento – único – de feliz inspiração, em que o autor, livre das imposições do romance histórico e da defesa de tese, apresenta costumes pernambucanos com encantadora singeleza. Mas posteriormente estragou a obra, procurando transformá-la sob viés naturalista num romance ambicioso, Sacrifício (1879): um fiasco literário com banhos lúbricos de D. João de fancaria e mulata permissiva –  pioneiro na voga das descrições de pernas mestiças.

Sua morte prematura e o tom melodramático de Sacrifício não confirmam sua adesão às fileiras naturalistas e deixam provas do quanto o Naturalismo se mostrou mais como continuação de modismos que ruptura abrupta. Impõe-se, assim, classificar Franklin Távora como romântico.