Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Marcos Falchero Falleiros [04-04-2020]
Edição: Itatiaia, 2000, VOL.2:
da p. pdf do
visor: p. 600: "N’ O matuto" [...]
até a p. pdf do visor: p. 605:
[...] "modismos anteriores".
Consequentemente, a obra de Franklin Távora se
caracteriza pela irreverência intelectual e a repulsa ao superficial no enfoque
histórico e fisionômico da região e na descrição dos comportamentos dos tipos humanos,
incluindo uma feição extraliterária em sua fatura.
Sua imperícia o impediu de ser um grande
escritor. Criticava Alencar, mas justamente o que lhe faltou foi o calor
artístico e o estilo daquele para criar o mundo autônomo da literatura. Ainda
assim, assimilou razoavelmente a técnica bifocal do fundador do romance
histórico, Walter Scott, que temperava a verossimilhança articulando com
personagem fictícia o contexto das personagens históricas. Pôde, portanto, compor,
sob influência de Scott e de Alexandre Herculano, algumas cenas de qualidade,
ao retratar, sobretudo em O matuto e Lourenço, o painel da ascensão das
classes burguesas, comerciárias, contra
os latifundiários, na Guerra dos Mascates.
Foi reverenciada como sua obra-prima, já pelos
críticos contemporâneos, a novela Casamento
no arrabalde (1869), possível momento – único – de feliz inspiração, em que
o autor, livre das imposições do romance histórico e da defesa de tese, apresenta
costumes pernambucanos com encantadora singeleza. Mas posteriormente estragou a
obra, procurando transformá-la sob viés naturalista num romance ambicioso, Sacrifício (1879): um fiasco literário
com banhos lúbricos de D. João de fancaria e mulata permissiva – pioneiro na voga das descrições de pernas mestiças.
Sua morte prematura e o tom melodramático de Sacrifício não confirmam sua adesão às
fileiras naturalistas e deixam provas do quanto o Naturalismo se mostrou mais
como continuação de modismos que ruptura abrupta. Impõe-se, assim, classificar
Franklin Távora como romântico.
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