quarta-feira, 15 de abril de 2020




Juliana Fernandes Ribeiro Dantas







Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas








Marcos Falchero Falleiros [04-04-2020]


Edição: Itatiaia, 2000, VOL.2:
da      p.  pdf do visor: p. 600:  "N’ O matuto" [...]
até  a p.  pdf do visor: p. 605:  [...]  "modismos anteriores".




Consequentemente, a obra de Franklin Távora se caracteriza pela irreverência intelectual e a repulsa ao superficial no enfoque histórico e fisionômico da região e na descrição dos comportamentos dos tipos humanos, incluindo uma feição extraliterária em sua fatura.

Sua imperícia o impediu de ser um grande escritor. Criticava Alencar, mas justamente o que lhe faltou foi o calor artístico e o estilo daquele para criar o mundo autônomo da literatura. Ainda assim, assimilou razoavelmente a técnica bifocal do fundador do romance histórico, Walter Scott, que temperava a verossimilhança articulando com personagem fictícia o contexto das personagens históricas. Pôde, portanto, compor, sob influência de Scott e de Alexandre Herculano, algumas cenas de qualidade, ao retratar, sobretudo em O matuto e Lourenço, o painel da ascensão das classes burguesas, comerciárias,  contra os latifundiários, na Guerra dos Mascates.

Foi reverenciada como sua obra-prima, já pelos críticos contemporâneos, a novela Casamento no arrabalde (1869), possível momento – único – de feliz inspiração, em que o autor, livre das imposições do romance histórico e da defesa de tese, apresenta costumes pernambucanos com encantadora singeleza. Mas posteriormente estragou a obra, procurando transformá-la sob viés naturalista num romance ambicioso, Sacrifício (1879): um fiasco literário com banhos lúbricos de D. João de fancaria e mulata permissiva –  pioneiro na voga das descrições de pernas mestiças.

Sua morte prematura e o tom melodramático de Sacrifício não confirmam sua adesão às fileiras naturalistas e deixam provas do quanto o Naturalismo se mostrou mais como continuação de modismos que ruptura abrupta. Impõe-se, assim, classificar Franklin Távora como romântico.

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