sábado, 5 de maio de 2018




Terezinha Marta de Paula Peres






Thayane de Araújo Morais

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano







Terezinha Marta de Paula Peres  [05-05-2018]


Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p.  201:      [visor p. PDF: p. 509]  “7 OS MENORES/ Os mais significativos  ” [...]
                                                                                       
até a p. 203:   [visor p. PDF: p. 511]    [...]“Mais pura, mais pura!. ”


A partir do título “Os menores”, Antonio Candido traça o perfil dos poetas secundários que, segundo ele, formam o segundo plano no decênio de 1850. O crítico faz menção a temas como nacionalismo e meditação; drama interior, humor e satanismo; a melancolia e o sentimentalismo como as três bases que norteiam a poesia romântica daquele período.


Numa crítica de diagnóstico incisivo, Antonio Candido coloca em evidência a banalização dos padrões literários, marcados pela “pieguice, loquacidade, automatismo de imagens, uso detestável de diminutivos, frouxidão do verso”, bem como abuso dos ritmos que ele qualifica de românticos, além do desleixo da métrica e da gramática.


Candido, em tom rígido de crítica, refere-se aos poetas considerados “menores” como aqueles que demonstram em sua arte uma herança dos defeitos dos poetas de primeiro plano,  “uma espécie de hipertrofia das lacunas [...] sem a compensação do estro e do talento”. O crítico é severo ao afirmar que os referidos poetas marcam suas escritas ora pelo exibicionismo, como uma forma de chantagem psicológica, ora pelo verso cantante usado como ferramenta para esconder a deficiência técnica.


Sobre as características poéticas daquele grupo, ressalta  temas referentes à cor local, ou seja, para o crítico os jovens poetas “reputavam necessário o cultivo de assuntos diretamente ligados ao Nacionalismo”, numa demonstração de adesão aos modelos em voga naquele momento, principalmente em relação aos romances de José de Alencar e às epopeias de Gonçalves Dias e Magalhães.


Considerando que a lista dos poetas secundários é demasiadamente longa, Candido faz referência a nomes como Aureliano Lessa, Teixeira de Melo, Franklin Dória, Bittencourt Sampaio, Trajano Galvão, Almeida Braga e Sousa Andrade, colocados pelo crítico na posição de “safra mediana”, dando destaque a cada um, como faz nesse passo inicial com a poesia Ela, de Aureliano Lessa, segundo o crítico um “formoso poema”, que alcança uma “perspectiva de devaneio pela recorrência da comparação”:


Mais bela que os silfos, que em plácidos sonhos
vagueiam na mente juncada de amores
De linda donzela;
Mais bela que um – quero – de lábios risonhos;
Que os astros da noite mais bela, mais bela!

Mais pura que a límpida fonte deitada
Na cândida areia; mais pura que a brisa,
Que baixo murmura
Nas folhas; mais pura que a prece sagrada;
Que a nuvem azulada que a aurora matiza,
Mais pura, mais pura!