Eldio
Pinto da Silva
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Francisco
Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio
de Marchis
Jackeline
Rebouças Oliveira
Joana
Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana
Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina
Naro Guimarães
Kalina
Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís
Rocha de Lima
Manoel
Freire Rodrigues
Marcela
Ribeiro
Marcel
Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos
Falchero Falleiros
Marcus
Vinicius Mazzari
Maria
Aparecida da Costa
Maria
do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Massimo
Pinna
Peterson
Martins
Rochele
Kalini
Rosiane
Mariano
Terezinha
Marta de Paula Peres
Adriana
Vieira de Sena
Afonso
Henrique Fávero
Antônio
Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia
Lima Silva
Edlena
da Silva Pinheiro
Eldio
Pinto da Silva [29-09-2018]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 226 – no
visor p. PDF: p. 535: "Mais importante, todavia”
[...]
até a p. 228 – no visor p. PDF: p.
537: [...] “ que é Senhora. ”
No
trecho “Temas profundos”, Candido vai destacar o trabalho de José de Alencar,
observando que o autor de Iracema se
destaca com três de seus romances. Como
romancista, Alencar atuou como indianista, regionalista e urbanista. Como autor
de romances urbanos, o crítico salienta um Alencar mais maduro, com senso
artístico e humano ao escrever perfis de homem e de mulher, como em Senhora e Lucíola. Há também um amadurecimento na criação de personagens mais
humanos, em Berta (Til), Gusmão de
Molina (As minas de prata) e Horácio
de Almeida (A pata
da gazela).
Outro
ponto destacado sobre Alencar é a questão das relações humanas, que faz do
autor de Senhora um “sociólogo
implícito”. Embora esse aspecto seja característica de quase todo romancista, Alencar
ganha destaque por expor problemas de desnivelamento nas posições sociais. Daí,
conclui o crítico, Alencar revela-se um escritor atento às classes sociais e a seus
níveis, preocupado em retratar como as ações acontecem na cidade e na fazenda,
explicitando as experiências sociais desses lugares distintos.
Alencar
é grande observador da sociedade brasileira, dos problemas e das relações
sociais, das angústias do ser humano. Isso é exposto em Diva, A pata da gazela, O tronco do Ipê, Til, Sonhos d’ouro.
Candido destaca a questão da consciência humana em resolver os problemas
econômicos e sociais em A viuvinha e Senhora.
Demonstra,
com a análise do drama em Sonhos d’ouro,
como o jovem da sociedade burguesa luta para ascender socialmente, ou então para
se remediar com a alienação da consciência na luta pelo poder nem que tenha que
vender a alma para o diabo. Já em A
viuvinha, Alencar apresenta um herói rico, feliz e honesto, que se aplica
ao trabalho no comércio para vencer na vida e resgatar a firma do pai. Em Senhora,
o homem resolve sua vida econômica casando-se com esposa milionária. Tem-se a
diferença entre dois homens: um que busca ascender pela força do trabalho e
outro que se vende aos caprichos do capital.
Candido
caracteriza como tendência nos romances de Alencar, os rapazes serem todos
pobres e as moças muito ricas. Em Senhora,
o escritor teve a capacidade de observar essas constantes para discernir o
conflito que há entre os seres humanos e suas condições sociais, revelando
situações de virtude, paixão, interesses econômicos, e demonstrando grande
idealismo artístico em criar conflitos e suas consequências – traços típicos do autor que se comprovam destacadamente
nesse romance.