sábado, 23 de abril de 2016





Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza






Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa










Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza  [23-04-2016]

Edição Ouro sobre Azul, 2007, V. Único.
Da p. 432: “Acompanhando de perto as vicissitudes do nacionalismo literário” [...]
até a p. 434: [...] “ mas simplesmente humano, que os engloba e transcende”.



Diz Candido que o romance, atendendo às necessidades e aspirações de uma nova classe, a burguesia, se desdobra numa larga frente, “que não cessaria de se ampliar e refinar”. Cita, dentre outras obras, A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, em que são ressaltados enredo e tipos. Assim, Candido expõe que o romance, até atingir a maturidade de Machado de Assis, não irá além destes elementos básicos.


Segundo o ensaísta, os três graus na matéria romanesca (vida urbana, rural e primitiva), determinados pelo espaço em que se desenvolve a narrativa, promovem na ficção romântica uma tomada de consciência da “realidade brasileira no plano da arte”.


Portanto, “o nosso romance tem fome de espaço e uma ânsia topográfica de apalpar todo o país”. E assim –  considera Candido – o legado talvez consista “menos em tipos, personagens e enredo do que em certas regiões tornadas literárias”, proporcionando, desse modo,  na mente do leitor,  um “ Brasil colorido  e multiforme”, que se sobrepõe à realidade geográfica e social.  


Enfim, para Candido, na sondagem profunda a que chegará Machado de Assis, delimita-se, então,  “um espaço não mais geográfico ou social, mas simplesmente humano, que os engloba e transcende”.