quinta-feira, 15 de agosto de 2019





Rosiane Mariano






Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins





Rosiane Mariano [17-08-2019]





Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da      p. 262 – no visor da obra em pdf: p. 566:   [subtítulo] " A obra-prima”[...]
até  a p. 265– no visor da obra em pdf: p. 568:   [...] "a nota caipira dos poemas rústicos.”
[Ed. Ouro sobre azul - p. 578-580].




Para fechar o capítulo que descreve a “Transição de Fagundes Varela”, Antonio Candido anuncia ser o “Cântico do calvário” a obra-prima desse poeta: uma das mais puras emoções da nossa literatura, tanto pelas imagens acumuladas e inovações lançadas sem economia, quanto pelo admirável voo lírico numa atmosfera de transcendente fervor.


No entanto, da puríssima tonalidade bíblica ressalta a simbologia mística. Com as virtudes de intercessão à memória do filho Emiliano, há o resgate da condição humana pela dor transfigurada do pai. Esse momento eleva o poeta: ao impacto emocional se funde a experiência da morte como símbolo da condição humana: vida redimida pela poesia.


Após “Cântico do calvário”, Fagundes Varela não conseguiria mais atingir semelhante altura, segundo o registro de Formação da Literatura Brasileira, nos livros da segunda fase: Cantos meridionais e Cantos do ermo e da cidade, ambos de 1869. Destaque-se, entretanto, as boas composições bucólicas, familiares, informais, graças à vida no campo, pulsando inigualável beleza à lira sertaneja, a exemplo do poema “A flor de maracujá”.