Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
[26-10-2019]
Edição: Itatiaia, 2000, VOL.2:
da p.
pdf do visor: p. 578: "Em Bernardo Guimarães"[...]
até a p. pdf do visor: p.
581 : [...]“rompendo-se a barreira entre ambos”.”
No desdobramento da análise, Antonio Candido reproduz
um fragmento ficcional de Bernardo Guimarães útil para anunciar percepção
significativa: o conteúdo literário abolicionista consequente na obra deste
poeta, aqui romancista, se faz possível “depois da incorporação definitiva do
negro à literatura, por Castro Alves”, efeito de conquista por inclusão e
reconhecimento do homem negro integrado ao branco e ao índio na composição do
tipo humano e de expressão da cultura brasileira.
A abertura ao subitem do capítulo em análise, ‘A
paixão na poesia’, é reveladora da grande novidade instaurada pela presença
poético-humanista de Castro Alves no contexto da literatura brasileira.
Para Antonio Candido, o poeta baiano inseriu,
trouxe à linguagem literária a dimensão de vitalidade e pujança inexistentes,
estabeleceu nexo entre a “vida íntima e pública” a ponto de o crítico sobressaltar
a paixão do poeta por Eugênia Câmara, “enfim uma mulher de carne e osso,
localizada e datada”, musa/mulher, vida e obra.
Nesse intervalo curto de seguimento analítico,
ocorrem destaques com finalidade de interpretações sutis de alcance lírico. Antonio
Candido faz menções breves às idealizações (problemáticas) ora às musas, ora aos
procedimentos (poéticos) de Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Álvares de
Azevedo, Junqueira Freire em contraste, quando menos, articulando crítica em
relação à obra de Castro Alves.
Duas constatações oriundas do fragmento lido,
apontadas pelo crítico, dois valores. Um, se não inaugural, caro à formação da
literatura brasileira: Castro Alves “unifica incessantemente a paixão amorosa e
o sentimento da natureza”; outro, descortinado no âmbito da criação literária,
o realce meritório na obra completa, “talvez, ‘A Cachoeira de Paulo Afonso’
seja o ponto central, o eixo da sua obra”, capítulo aberto importante à leitura
e ao estudo continuados para um entendimento libertário
de brasilidade.