domingo, 10 de março de 2013




Eide Justino Costa




Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins 
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro





Eide Justino Costa [9-3-2013]


Edição: Martins, 1971:
da     p. 287:      “Borges de Barros/ Domingos Borges de Barros foi sobretudo um aristocrata requintado”[...]
até a p. 290:       [...]  “ É dar amargo fel em taça de oiro;
                                      Dobra o mal do infeliz do bem o aspecto,
                                             Basta, não mais, saudade.
                                                           (“À Saudade”, 1810)”
                           

Em um primeiro momento, o autor discorre sobre Borges de Barros afirmando que ele era um aristocrata requintado e que transitou, ao longo da vida, pelas ciências aplicadas, agricultura, política e diplomacia, como também pela caridade e devoção. Segue expondo, ainda, a amizade do escritor com diversos nomes das letras, e que, apesar de querer bem às letras e por elas demonstrar afeto, era um escritor envergonhado, o que se evidencia sobretudo por apenas consentir, no fim da vida, que Melo Morais Pai publicasse seu nome na versão completa d’Os Túmulos.

Adiante, a respeito de sua produção poética, Candido indica que ela está enquadrada no período que vai de 1801 a 1825, com uma fase denominada “áurea” entre 1807 e 1814. Trata-se de uma produção árcade, de modo geral, mas que apresenta traços de um pré-romantismo evidente, conforme Afrânio Peixoto assinala.

Em outro momento, Candido lembra que Borges de Barros começou traduzindo obras de Safo, Virgilio, Voltaire, Metastasio e Parny e aponta, sobre o último, uma escolha que demonstra a preferência pelo verso elegante e casquilho.

Sobre sua produção literária propriamente dita, é considerado um árcade gracioso nas peças de metro curto ou didaticamente convencional nas odes e epístolas. Mesmo assim, o autor considera seus versos extremamente simples e destaca, ainda, que ele foi o primeiro a abordar, em seus versos “bairristas”, o saudosismo da pátria.

Finalmente, Candido credita à “Epístola escrita na fazenda do Pinum”, de 1812, um exemplo de versos bem compostos e sinceros, frutos do amor da natureza como inspiração maior. E segue afirmando que essa é a última de uma série de oito em que já apresenta um novo tom para nossa literatura, equilibrando com trimbres subjetivistas do primeiro Romantismo o naturalismo generalizador dos árcades.