Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi
Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rosanne
Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes
Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa [9-3-2013]
Edição: Martins, 1971:
da p.
287: “Borges de Barros/ Domingos Borges de
Barros foi sobretudo um aristocrata requintado”[...]
até a p.
290: [...] “ É dar amargo fel em
taça de oiro;
Dobra o mal do infeliz do bem o aspecto,
Basta, não mais, saudade.
(“À Saudade”, 1810)”
Em um primeiro momento, o autor discorre sobre Borges de Barros
afirmando que ele era um aristocrata requintado e que transitou, ao longo da
vida, pelas ciências aplicadas, agricultura, política e diplomacia, como também
pela caridade e devoção. Segue expondo, ainda, a amizade do escritor com diversos
nomes das letras, e que, apesar de querer bem às letras e por elas demonstrar
afeto, era um escritor envergonhado, o que se evidencia sobretudo por apenas
consentir, no fim da vida, que Melo Morais Pai publicasse seu nome na versão
completa d’Os Túmulos.
Adiante, a respeito de sua produção poética, Candido indica que ela está
enquadrada no período que vai de 1801 a 1825, com uma fase denominada “áurea”
entre 1807 e 1814. Trata-se de uma produção árcade, de modo geral, mas que
apresenta traços de um pré-romantismo evidente, conforme Afrânio Peixoto
assinala.
Em outro momento, Candido lembra que Borges de Barros começou traduzindo
obras de Safo, Virgilio, Voltaire, Metastasio e Parny e aponta, sobre o último,
uma escolha que demonstra a preferência pelo verso elegante e casquilho.
Sobre sua produção literária propriamente dita, é considerado um árcade
gracioso nas peças de metro curto ou didaticamente convencional nas odes e
epístolas. Mesmo assim, o autor considera seus versos extremamente simples e
destaca, ainda, que ele foi o primeiro a abordar, em seus versos “bairristas”,
o saudosismo da pátria.
Finalmente, Candido credita à “Epístola escrita na fazenda do Pinum”,
de 1812, um exemplo de versos bem compostos e sinceros, frutos do amor da
natureza como inspiração maior. E segue afirmando que essa é a última de uma
série de oito em que já apresenta um novo tom para nossa literatura,
equilibrando com trimbres subjetivistas do primeiro Romantismo o naturalismo
generalizador dos árcades.