Eldio
Pinto da Silva
Elizabete
Maria Álvares dos Santos
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Francisco
Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio
de Marchis
Jackeline
Rebouças Oliveira
Joana
Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana
Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina
Naro Guimarães
Kalina
Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís
Rocha de Lima
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Mychelle de Melo
Marcela
Ribeiro
Marcel
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Marcus
Vinicius Mazzari
Maria
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Maria
Valeska Rocha da Silva
Massimo
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Paulo
Caldas Neto
Peterson
Martins
Rosiane
Mariano
Rousiêne
Gonçalves
Terezinha
Marta de Paula Peres
Thayane
de Araújo Morais
Afonso
Henrique Fávero
Antônio
Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia
Lima Silva
Daniel
de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide
Justino Costa
Eldio
Pinto da Silva [04-04-2015]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 70: [PDF-p. 393, por aí+-]
“Contribuindo para a tentativa muito interessante de Joaquim Norberto” [...]
até a p. 72: [PDF-p. 395...+-] [...] ” seu poema é exemplo
perfeito de vanilóquio...“
Para Candido, o trabalho de Porto Alegre contribui
com a tentativa de Joaquim Noberto, isto porque busca adaptar a balada
romântica experimentada por alemães e franceses. A iniciativa de alemães e
franceses tinha dado certo, sendo que no Brasil precisava-se formalizar as
temáticas medievais ao contexto nacional, daí imprimiu-se na poesia erudita
associações aos temas populares, com destaque para O CAÇADOR (1844), que, como
percebe Candido, pode se associar ao texto CHASSE DU BURGRAVE, de Victor Hugo.
Ainda buscando popularizar a temática nacional, há o
poema O POUSO, que expressa uma tonalidade sertaneja, localista, sem se deter
com atravios europeus, pois trazia não elementos medievais e sim a desventura
de cantar ao som da viola e não da lira e da cítara. Mesmo assim percebe-se
que, sendo um artista romântico, Porto Alegre ainda se prende aos neoclássicos
da última fase com o uso de temáticas associadas ao movimento. Tal condição
ocorre pelo fato de abordar tom retórico, verso branco em ritmo prosaico, sintaxe
e vocabulário, com poemas naturalistas, descritivos e de exaltação patriótica.
Os textos produzidos eram como uma epopeia, poemas
longos, cheios de dados e cenas para melhor descrever e evocar as ações épicas
do descobrimento através do poema COLOMBO (1866), o qual Candido chama de
“terrível [...] paquiderme de quarenta cantos onde se compendiam os seus muitos
defeitos e poucas qualidades”. Candido descreve o texto COLOMBO para melhor
explicitar sua opinião, destacando que o texto parece uma mistura das ações de
Ivanhoé com Eurico, o que demonstra a leitura dos textos clássicos das
literaturas inglesa e portuguesa.
Colombo é, para Candido, um texto que apresenta
analogias, sem abordar entretanto o assunto real, dando feições heroicas ao
protagonista que não chegam a convencer o leitor, podendo-se dizer que o “poema
é exemplo perfeito de vanilóquio”, ou melhor de palavras vazias para celebrar o
feito de Colombo quando decidiu fazer suas viagens pelo Mundo Novo e invadir as
terras indígenas.
Um comentário:
Elizabete comentou em 10-04-2015 a leitura de Eldio:
Complementando a excelente e pertinente leitura de Eldio, em relação à opinião de Candido sobre o "vaniloquismo" de Colombo,podemos perceber que o grande recurso utilizado por Porto-Alegre, no referido poema, foi a alegoria, aliada a estreita relação com o romance popular, onde o que vale é o inacreditável, prejudicando assim a clareza pretendida por Porto-Alegre.
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