Daniel de Hollanda
Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria
Álvares dos Santos
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto
Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças
Oliveira
Joana Leopoldina de
Melo Oliveira
Juliana Fernandes
Ribeiro Dantas
Kalina Naro
Guimarães
Kalina Alessandra
Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de
Melo
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias
Ribeiro
Marcos Falchero
Falleiros
Marcus Vinicius
Mazzari
Maria Aparecida da
Costa
Maria Valeska Rocha
da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de
Paula Peres
Thayane de Araújo
Morais
Afonso Henrique
Fávero
Antônio Fernandes de
Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda
Cavalcanti Piñeiro [07-03-2015]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 65: “Mas quem ali seus encantos entendia?”[...]
até a p. 67: [...] ”reinou absoluto na
literatura brasileira”.
Neste trecho, Candido finaliza
suas considerações sobre Gonçalves de Magalhães, em um tom aparentemente menos
condenatório que de outros críticos que cita (a exemplo de Alcântara Machado).
Avalia a importância do escritor como fundador do Romantismo brasileiro, recordando
sua tentativa de “genealogia da nossa literatura” no canto final de A
Confederação dos Tamoios, excerto, como considera, no mínimo “tocante”, o
que desmentiria as leituras mais radicais da obra.
Não se abstendo dos julgamentos
de valor, o crítico observa a qualidade do poema épico em sua totalidade,
destacando pontos bons e ruins. Sua metodologia parece, aliás, moldada entre a
visão “sincera” sobre Magalhães, a reavaliação de críticos anteriores e uma
justificativa da presença do poeta em nossa tradição literária não pelo gênio,
mas pela gênese.
Também comenta alguns outros
textos de Magalhães, como Cantos Fúnebres, coletânea organizada durante
trinta anos de produção e que apresentaria apenas um poema interessante (O
Louco do Cemitério) e a mudança de estilo e temática do poeta, muito menos
“arrependido” de seu romantismo de geração inicial (como julga Alcântara
Machado) e capaz de se adaptar ao espírito sombrio da década de 1850.
Em suma, Candido comenta os
trechos de maior valor do poeta e, independente de sua qualidade literária
inferior, afirma seu lugar enquanto primeiro vate da literatura que viria ainda
a se consagrar como nacional, nesse sentido, contrariando a visão de Sílvio
Romero, dá-lhe a importância devida por trazer a teoria romântica para o país e
“reinar absoluto” entre as décadas de 30 e 40, antes de os poetas
ultrarromânticos surgirem.
Um comentário:
Bethânia comentou em 05-04-2015 a leitura de Daniel:
Conforme análise de Daniel e a leitura das páginas (385 – 387, 12ª edi.) dá para perceber o trabalho poético “mediano” apresentado por Gonçalves de Magalhães. As ponderações salientadas por Candido estão em algumas produções: O Louco do Cemitério, e de menos alcance – Urânia (um “falso” anagrama de Januária – sua mulher).
Independente do gosto literário, o período de formação do Romantismo foi muito representativo para Magalhães, apresenta Candido.
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