sábado, 7 de março de 2015




Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro




Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva








Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro [07-03-2015]

Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 65:  “Mas quem ali seus encantos entendia?”[...]
até a p. 67: [...] ”reinou absoluto na literatura brasileira”.



Neste trecho, Candido finaliza suas considerações sobre Gonçalves de Magalhães, em um tom aparentemente menos condenatório que de outros críticos que cita (a exemplo de Alcântara Machado). Avalia a importância do escritor como fundador do Romantismo brasileiro, recordando sua tentativa de “genealogia da nossa literatura” no canto final de A Confederação dos Tamoios, excerto, como considera, no mínimo “tocante”, o que desmentiria as leituras mais radicais da obra.


Não se abstendo dos julgamentos de valor, o crítico observa a qualidade do poema épico em sua totalidade, destacando pontos bons e ruins. Sua metodologia parece, aliás, moldada entre a visão “sincera” sobre Magalhães, a reavaliação de críticos anteriores e uma justificativa da presença do poeta em nossa tradição literária não pelo gênio, mas pela gênese.


Também comenta alguns outros textos de Magalhães, como Cantos Fúnebres, coletânea organizada durante trinta anos de produção e que apresentaria apenas um poema interessante (O Louco do Cemitério) e a mudança de estilo e temática do poeta, muito menos “arrependido” de seu romantismo de geração inicial (como julga Alcântara Machado) e capaz de se adaptar ao espírito sombrio da década de 1850.


Em suma, Candido comenta os trechos de maior valor do poeta e, independente de sua qualidade literária inferior, afirma seu lugar enquanto primeiro vate da literatura que viria ainda a se consagrar como nacional, nesse sentido, contrariando a visão de Sílvio Romero, dá-lhe a importância devida por trazer a teoria romântica para o país e “reinar absoluto” entre as décadas de 30 e 40, antes de os poetas ultrarromânticos surgirem.


Um comentário:

Base de Pesquisa Formação da Literatura Brasileira disse...

Bethânia comentou em 05-04-2015 a leitura de Daniel:
Conforme análise de Daniel e a leitura das páginas (385 – 387, 12ª edi.) dá para perceber o trabalho poético “mediano” apresentado por Gonçalves de Magalhães. As ponderações salientadas por Candido estão em algumas produções: O Louco do Cemitério, e de menos alcance – Urânia (um “falso” anagrama de Januária – sua mulher).

Independente do gosto literário, o período de formação do Romantismo foi muito representativo para Magalhães, apresenta Candido.