sábado, 10 de maio de 2014



Mona Lisa Bezerra Teixeira



Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna







Mona Lisa Bezerra Teixeira [10-05-2014]



Edição: Martins, 1971, VOL.2: 
da p. 35: “Via de regra, porém, o Romantismo buscou maior liberdade”[...]
até a p. 38: [...]      ”Essa imagem que recordas.
                               É meu puro e santo amor” 



Antonio Candido observa que a profunda vocação lírica do romantismo diluiu a ficção na poesia, permitindo maior liberdade estética aos escritores e propiciando novas formas de expressões. Como exemplo significativo ele cita Byron e seus romances em versos de grande densidade dramática, que influenciaram grandes escritores na Europa, e, como consequência, no Brasil.


O verso e a música


Essa sensibilidade romântica, com relação à expressão, é marcada pelo sentimento de inferioridade da palavra diante do objeto. Surge assim um novo recurso estético: a música, e a sua capacidade de manifestar o inexprimível. Para Antonio Candido a música atua como uma potência capaz de suprir as lacunas do verbo.


O nossos românticos escolhem a música italiana como guia de suas criações. O crítico atenta para o fato de Silva Alvarenga assimilar o setissílabo “metastasiano”, que implicaria o afastamento da poesia romântica erudita dos padrões neoclássicos. Entretanto, estes permanecem nas modinhas e aparecem no Diletante de Martins Pena, demonstrando sua afeição a Bellini. Outros padrões de metrificação, sempre com influência básica da poesia  italiana, vão criando um caminho para novas expressões que particularizam aspectos de nossa terra, como revelariam a poesia de Gonçalves Dias e Castro Alves.


2 comentários:

Paulo Caldas Neto disse...

Na verdade, é um desrecalque se observarmos essa fuga do poema para a música, só realçando os liames entre um gênero e outro. Como se pudessem se complementar. Boa anotação a do ensaísta!

Base de Pesquisa Formação da Literatura Brasileira disse...

Bethânia comentou em 02-08-2014 a leitura de Mona:

Neste trecho estudado por Mona Lisa, referente a “As formas de expressão”, eu gostei quando em um pequeno parágrafo, Antonio Candido trata da “fluidez do espírito romântico” e do “repúdio aos gêneros estanques”.

Parece ser um alerta para as “novidades”, um aviso para o que pode ser encarado como uma ruptura estética. Será?!