sábado, 3 de maio de 2014


Massimo Pinna



Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva







Massimo Pinna  [26-04-2014]


Edição: Martins, 1971, VOL.2: 
da p. 33: “Pessimismo e sadismo condicionam a manifestação mais espetacular”[...]
até a p. 35: [passando para 3. As formas de expressão, 1º§] [...]”um derradeiro esforço: Os Brasileidas, de Carlos Alberto Nunes.” 

Pessimismo, sadismo - e até satanismo - estão presentes no espírito romântico; há uma queda dos valores éticos, políticos, sociais e estéticos. O lado obscuro do ser humano como o crime, o vício e as transgressões sexuais, é representado nas obras românticas de forma cada vez mais preponderante. Autores como Byron, Balzac, Stendhal, na tentativa de superar os parâmetros clássicos, descrevem em suas obras o amor incestuoso, o homossexual, os crimes. Especialmente o romance francês "desce aos subterrâneos do espírito e da sociedade", proporcionando aos leitores "a conquista mais fecunda da literatura moderna". O escritor assume um novo papel, não mais protegido por um mecenato, mas agora individualista e inconformista, profissional desamparado à procura de um novo público. Além disso, o "homem de inteligência", devido também à participação de massa na vida política (consequência da Revolução Industrial e das lutas pela Liberdade), se torna mais sensível aos outros. Por isso, ele encarna, às vezes numa só pessoa, o pessimista, mas também o profeta redentor, transformando o satanismo em rebeldia política: Candido cita os casos de Wordsworth, Lamartine, Shelley, Hugo e Castro Alves. Enfim, o poeta romântico, neste momento de transformações epocais, leva dentro de si sentimentos contraditórios como individualismo e solidariedade, pessimismo e fé no progresso, simbolizando plenamente o Zeitgeist - como se diria na língua de Goethe - , isto é, o espírito da sua época.

AS FORMAS DA EXPRESSÃO

Estas mudanças se manifestam também nas formas literárias, dando vida, no Brasil, ao romance e ao teatro como gênero literário regular. O poema épico sobrevive graças a Basílio e Durão - resposta dos poetas à bem-vinda Independência - expressando, através de inúmeras obras, o nacionalismo brasileiro. Este fenômeno equivocado - diz Candido - é prolongado até à literatura contemporânea, o último exemplo sendo "Os Brasileidas" de Carlos Alberto Nunes.


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