Elizabete
Maria Álvares dos Santos
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Francisco
Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de
Marchis
Jackeline
Rebouças Oliveira
Joana
Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana
Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro
Guimarães
Kalina
Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha
de Lima
Lígia
Mychelle de Melo
Manoel
Freire Rodrigues
Marcela
Ribeiro
Marcel Lúcio
Matias Ribeiro Saraiva
Marcos
Falchero Falleiros
Marcus
Vinicius Mazzari
Maria
Aparecida da Costa
Maria do
Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria
Valeska Rocha da Silva
Massimo
Pinna
Paulo Caldas
Neto
Peterson
Martins
Rochele
Kalini
Rosiane
Mariano
Rousiêne
Gonçalves
Terezinha
Marta de Paula Peres
Thayane de
Araújo Morais
Adriana
Vieira de Sena
Afonso Henrique
Fávero
Alynne
Ketllyn da Silva Morais
Antônio
Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia
Lima Silva
Daniel de
Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino
Costa
Eldio Pinto
da Silva
Elizabete
Maria Álvares dos Santos [22-04-2017]
Edição:
Martins, 1971, VOL.2:
da p. 157: [visor p. PDF:
p. 468] “A poética dos clássicos requer pois uma filtragem”[...]
até a
p.159: [visor p. PDF: p. 470] [...] “Não há de assim nos avistar a morte,
Ou morreremos juntos.
(“Temor)”
Tentando justificar a forma adotada pelos românticos ao tentarem dar expressão
a suas obras de modo diferente da poética dos clássicos, Candido afirma que os
românticos dessa geração afinal acabaram por forjar sua própria forma, adotando
uma prosa mais “desordenada e nervosa”, cujo sistema de imagens estava baseado
diretamente na realidade externa e interna das coisas. Esse recurso passa a
ideia de uma obra baseada no testemunho, cuja apresentação do material bruto
das emoções está sempre presente.
A obra de Junqueira Freire, enquadrada no Ultrarromantismo, mas ligada
ao Neoclassicismo português, é repleta de
grande pessimismo, seus versos condenam as disciplinas religiosas e os votos de
obediência, ao mesmo tempo em que se tornam um símbolo de liberdade. O poeta
revela a grande contradição entre o amor e a morte. Entretanto, para Candido, sua
mensagem mostrou-se prolixa demais para se ajustar à regularidade do sistema
clássico.
Candido cita versos de “Por que canto”, para exemplificar o drama que Junqueira
Freire queria manifestar: a revolta e o arrependimento por
ter ingressado na Ordem dos Beneditinos, sem qualquer vocação, aos 19 anos de
idade. Essa revolta também é ilustrada com versos do poemeto “O Monge”, o qual é classificado pelo crítico
como “mal realizado, discursivo e prolixo”.
Outro aspecto relevante destacado por Candido na obra de Junqueira
Freire é o da exaltação erótica que aparece em vários graus, fortalecendo a
tensão emocional de seus versos.
Um comentário:
Érika Bezerra Cruz de Macedo comentou em 04-05-2017 a leitura de Elizabete:
Candido reitera que o conflito entre o ideário confessional romântico e a estreiteza formal neoclássica impede Junqueira Freire de lograr melhores momentos em sua produção poética, pois o autor não encontra nem nos paradigmas da tradição greco-latina nem nas sinuosidades formais e rítmicas dos românticos a imagem mais adequada para exprimir suas emoções, e consequentemente se torna um poeta subjetivo, porém desprovido do mistério e da imaginação que movem o leitor.
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