sábado, 22 de abril de 2017




Elizabete Maria Álvares dos Santos






Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva




Elizabete Maria Álvares dos Santos [22-04-2017]

Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da  p.  157:   [visor p. PDF: p. 468]   “A poética dos clássicos requer pois uma filtragem”[...]
até a p.159:  [visor p. PDF: p. 470] [...]      “Não há de assim nos avistar a morte,
                                                                                     Ou morreremos juntos.
                                                                                                                            (“Temor)”



Tentando justificar a forma adotada pelos românticos ao tentarem dar expressão a suas obras de modo diferente da poética dos clássicos, Candido afirma que os românticos dessa geração afinal acabaram por forjar sua própria forma, adotando uma prosa mais “desordenada e nervosa”, cujo sistema de imagens estava baseado diretamente na realidade externa e interna das coisas. Esse recurso passa a ideia de uma obra baseada no testemunho, cuja apresentação do material bruto das emoções está sempre presente.


A obra de Junqueira Freire, enquadrada no Ultrarromantismo, mas ligada ao Neoclassicismo português,  é repleta de grande pessimismo, seus versos condenam as disciplinas religiosas e os votos de obediência, ao mesmo tempo em que se tornam um símbolo de liberdade. O poeta revela a grande contradição entre o amor e a morte. Entretanto, para Candido, sua mensagem mostrou-se prolixa demais para se ajustar à regularidade do sistema clássico.


Candido cita versos de “Por que canto”, para exemplificar o drama que Junqueira Freire queria manifestar: a revolta e o arrependimento por ter ingressado na Ordem dos Beneditinos, sem qualquer vocação, aos 19 anos de idade. Essa revolta também é ilustrada com versos do poemeto  “O Monge”, o qual é classificado pelo crítico como “mal realizado, discursivo e prolixo”.


Outro aspecto relevante destacado por Candido na obra de Junqueira Freire é o da exaltação erótica que aparece em vários graus, fortalecendo a tensão emocional de seus versos.




Um comentário:

Base de Pesquisa Formação da Literatura Brasileira disse...


Érika Bezerra Cruz de Macedo comentou em 04-05-2017 a leitura de Elizabete:

Candido reitera que o conflito entre o ideário confessional romântico e a estreiteza formal neoclássica impede Junqueira Freire de lograr melhores momentos em sua produção poética, pois o autor não encontra nem nos paradigmas da tradição greco-latina nem nas sinuosidades formais e rítmicas dos românticos a imagem mais adequada para exprimir suas emoções, e consequentemente se torna um poeta subjetivo, porém desprovido do mistério e da imaginação que movem o leitor.