Marcel
Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos
Falchero Falleiros
Marcus
Vinicius Mazzari
Maria
Aparecida da Costa
Maria
do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria
Valeska Rocha da Silva
Massimo
Pinna
Paulo
Caldas Neto
Peterson
Martins
Rochele
Kalini
Rosiane
Mariano
Rousiêne
Gonçalves
Terezinha
Marta de Paula Peres
Thayane
de Araújo Morais
Afonso
Henrique Fávero
Antônio
Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia
Lima Silva
Daniel
de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide
Justino Costa
Eldio
Pinto da Silva
Elizabete
Maria Álvares dos Santos
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Francisco
Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio
de Marchis
Jackeline
Rebouças Oliveira
Joana
Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana
Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina
Naro Guimarães
Kalina
Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís
Rocha de Lima
Lígia
Mychelle de Melo
Marcela
Ribeiro
Marcel
Lúcio Matias Ribeiro Saraiva [21-11-2015]
da
p. 101 : [PDF +- p. 420]
[subtítulo] “Otaviano, burguês sensível”[...]
até
a p. 103 : [PDF +- p. 422 ] [...] “Oh! se te amei! Toda
a manhã da vida
Gastei-a em sonhos que de ti
falavam!”
Otaviano,
burguês sensível
Francisco
Otaviano exerceu os mais altos cargos do império – deputado, senador,
conselheiro, plenipotenciário. Apesar da vida política satisfatória para os
padrões burgueses da época, cultivou sua vocação para a poesia. Explorou de
modo interessante na sua biografia os polos da política e da literatura,
insinuando que, caso não tivesse se dedicado à política, teria sido um poeta de
uma qualidade mais aprimorada.
Acredita-se
que o resultado de sua produção literária não seria alterado com a dedicação
exclusiva às letras. Extraiu o máximo que poderia de sua elaboração do texto
poético e conseguiu bons resultados, com sensibilidade, gosto, elegância e
equilíbrio.
A
sua pequena obra em termos de quantidade apresenta a “inspiração do homem
médio, não banal”, revelando, por meio de versos transparentes e leves, o drama
das convenções sociais impostas ao homem burguês. Assim, em nome da “coerência
social”, controla seus impulsos mais autênticos para permanecer inserido nas
normas da sociedade do período.
Dos
“poetas menores” da primeira fase romântica, é o que consegue as melhores
soluções no campo da poesia: aliando senso de equilíbrio, correção da língua e
sensibilidade contida a temáticas melancólicas e comparativas da vida humana à
natureza. Talvez tenha sido o primeiro dos românticos brasileiros a utilizar
regularmente o alexandrino, de doze e treze sílabas.
Um comentário:
Marcos comenta em 24-12-2015 a leitura de Marcel de 21-11-2015:
Marcel apanha com precisão a essência do trecho, na lição de Antonio Candido já dada pelo título, como sempre definitivo na síntese esclarecedora e comprimida do assunto [ou seja, um "craque" também em títulos]: "Otaviano, o burguês sensível". Como se vê na explanação de Marcel, Otaviano como deputado, senador, conselheiro, diplomata e jornalista,com sua famosa definição de política, "A Messalina Impura", lamentou a vida inteira que essa atividade tivesse impedido sua dedicação à poesia. Como explicam o crítico e seu leitor, talvez esse lamento fosse apenas uma justificativa para sua expressão poética menor, mas o que se vê, lembrando sua atividade política a favor da Lei do Ventre Livre, por exemplo, é que o poeta "sensível" impregnava o político "burguês", dando-lhe posições progressistas. De qualquer modo vemos um tempo em que o jornalismo não estava tão degradado quanto o de hoje com os seu vendilhões. Otaviano não seria um deles, e, quiçá, como político, sua sensibilidade e delicadeza não lhe permitiriam ser um golpista-fascista.
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