Marcela
Ribeiro
Marcel
Lúcio Matias Ribeiro
Marcos
Falchero Falleiros
Marcus
Vinicius Mazzari
Maria
Aparecida da Costa
Maria do
Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria
Valeska Rocha da Silva
Massimo
Pinna
Paulo
Caldas Neto
Peterson
Martins
Rochele
Kalini
Rosiane
Mariano
Rousiêne
Gonçalves
Terezinha
Marta de Paula Peres
Thayane de
Araújo Morais
Afonso
Henrique Fávero
Antônio
Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia
Lima Silva
Daniel de
Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide
Justino Costa
Eldio Pinto
da Silva
Elizabete
Maria Álvares dos Santos
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Francisco
Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de
Marchis
Jackeline
Rebouças Oliveira
Joana
Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana
Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro
Guimarães
Kalina
Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha
de Lima
Lígia
Mychelle de Melo
Marcela
Ribeiro [07-11-2015]
Edição:
Martins, 1971, VOL.2:
da p. 99 :
[PDF +- p. 418] “Ei-la vai: – generoso sacrifício
Mísera Doida a consumar se apressa”[...]
até a p.
101 : [PDF +- p. 420 ] [...] “– a noite do sonho
literário, onde as estrelas são
as imagens dos poetas.”
Dando
continuidade à exposição acerca dos menores do movimento romântico, Antonio
Candido apresenta-nos A Nebulosa, de Joaquim Manuel de Macedo, obra poética que
ele qualifica como o melhor poema-romance do Romantismo.
No plano
geral, o texto materializa-se na representação do amor impossível, tema caro ao
Romantismo; nesse caso, tem-se o amor que não se realiza por uma das partes não
o desejar, acarretando o suicídio da outra parte: o Trovador ama a Peregrina
sem nunca ter sido correspondido e sem receber nem um fio de esperança de um
dia o ser. Assim, ao optar pela morte como caminho, topa com a Doida, com quem
morre abraçado, num fim poeticamente trágico.
A Doida, mulher-fada,
tem raízes no folclore germânico, como também nos parece ter todo o texto,
enredo, personagens e espaços em que se desdobra, um ar europeu que descarta a
cor local como mote. Como bem pontua Candido, bafeja a fantasmagoria do mundo
romântico poucas vezes alcançado pela pena dos poetas brasileiros.
Ao classificar
o texto como poema-romance, Candido pontua outro caráter do movimento
romântico: o hibridismo de gênero, modernização do poema feita por Byron,
criador de versos que rebrilhavam caracteres de romance. Há influência de
vários outros representantes do Romantismo europeu no poema de Macedo, como
Leopardi, citado por Candido.
Abundam figuras
de linguagem antitéticas que dão conta de marcar as oposições entre claro e
escuro, céu e mar, fogo e água, que prefiguram a mágica do poema e a fantasia romântica.
No entanto, foi legado a esse poema-romance apenas o esquecimento: obteve
sucesso à época, porém teve apenas duas edições, a primeira de 1857 e a segunda
de 1870. Seu autor ficou principalmente conhecido pelo seu primeiro romance, A
Moreninha, que pouco tem em comum com A Nebulosa, mas é mister notar a presença
de heroínas que protagonizam as duas obras.
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