terça-feira, 27 de outubro de 2015

Lígia Mychelle de Melo





Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima






Ligia Mychelle de Melo Silva [24-10-2015]


Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 97: [PDF +- p. 416]  [subcapítulo 6. Menores “Em torno de Gonçalves Dias podemos dispor alguns poetas que,”[...]
até a p. 99 : [PDF +- p. 418]  [...] “ao modo que apareceria mais tarde no verso encantado de Raimundo Correia.”



Nesse subcapítulo, Candido aborda os poetas que formavam o segundo plano do decênio de 1850. Os poetas desse decênio, os quais eram estudantes de Direito de São Paulo e de Recife, apresentam uma poesia que gira em órbitas mais ou menos afastadas das características de duas das três linhas básicas da nossa poesia romântica: da linha de Gonçalves Dias, que é marcada pelo nacionalismo e pela meditação e da linha de Álvares de Azevedo, marcada pelo drama interior, humor e satanismo.


Ademais, tais poetas têm em comum várias características, como a pieguice, a loquacidade, o automatismo de imagens, a frouxidão do verso, o desleixo da métrica e da gramática, entre outras. Esse conjunto de características é o que permite classificar esses poetas ditos “menores” como uma corrente à parte das outras corentes já conhecidas da poesia romântica, visto que “o triunfo de uma corrente literária tem por companheira inseparável a banalização dos seus padrões”.


Antonio Candido observa que lendo tais obras há a impressão de sermos vítimas de dois tipos de chantagens: a chantagem psicológica, uma vez que eles tentam comover pelo exibicionismo; e a chantagem formal, tendo em vista que eles escondem a deficiência técnica  através do truque fácil do verso cantante.


No ano de 1858, Antonio Joaquim de Macedo Soares organiza uma antologia dos poetas do Norte e do Sul, buscando classificá-los por tendências. Estabeleceu, deste modo, um balanço das tendências predominantes, dentre as quais se destacaram: a descrição da natureza, os costumes regionais, o escravo, o índio e os sentimentos pessoais. A partir, então, dessa antologia, Candido faz uma lista dos que merecem referência, destacando os poetas Aureliano Lessa, Teixeira de Melo, Franklin Dória, Bittencourt Sampaio, Trajano Galvão, Almeida Braga e Sousa Andrade. Dentre os poetas mencionados, Lessa se diferencia dos demais, chegando ao tom de Bernardo Guimarães, descrevendo a natureza e manifestando certo atavismo arcádico, tendo produzido sonetos passáveis e poemas de metro curto, como o poema “Ela”.


Com relação aos demais poetas, Candido observa que apresentam em suas obras as características gerais já mencionadas, praticando o anapesto e o anfíbraco. Além disso, todos cultivavam a musa patriótica. Os poetas Bittencourt Sampaio, Bruno Seabra, Sousa Andrade e Trajano Galvão cantam o negro, lançando, assim, um elemento importante da última linha de poesia romântica, a qual teve Castro Alves como representante principal.




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