sábado, 10 de outubro de 2015





Laís Rocha de Lima






Lígia Mychelle de Melo
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais

Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva







Laís Rocha de Lima   [10-10-2015]

Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 94: [PDF p. 413] “O entrecho é delineado sem muita clareza: as cenas são longas e     
                                          redundantes;”[...]
até a p. 96 : [PDF p. 416] [final do capítulo] [...] parte inédita teria desaparecido na
                                          tragédia do Ville de Boulogne.
 



Considerado um malogro épico e poético por Antonio Candido, Os Timbiras, de Gonçalves Dias, possuem partes líricas apreciadas por aquele, mas que não eram o foco do escritor, assim interpretadas devido à posição marginal na estrutura.


Um dos trechos mencionados por Candido remete às antíteses utilizadas por Dias, artifício que lembra Victor Hugo.


O pensamento que incessante voa
Vai do som à mudez, da luz às sombras,
E da terra sem flor a céu sem astro.


O autor reforça a não conquista do status de epopeia pela falta de planejamento do todo, sem a narrativa e a clareza necessárias para a finalidade – algo também encontrado em Castro Alves. Ambos perdem as eventuais qualidades na busca pela construção de um épico literário.


Embora destaque a preciosidade lírica nas “brechas largas do mau edifício”, na traição de Gonçalves Dias à vocação real de escrita, há o reconhecimento de algumas cenas no corpo narrativo. As evocações de combate são assemelhadas ao episódio de Ugolino na Divina Comédia; cita-se também a métrica psicológica usada ao narrar o delírio do louco Piaíba, alertando o leitor para a “boa imitação de Basílio da Gama”. Fica ao leitor classificar a relevância do trecho citado – se a boa avaliação se deve à fruição do modelo de Dante Alighieri e Basílio da Gama ou à redução da qualidade dos demais cantos.


No panorama geral, Candido considera outras produções mais ricas (“várias ideias, imagens, movimentos”), averiguando que há uma distinta nutrição entre Os Timbiras e as demais. Essa apreciação provavelmente era compartilhada pelo escritor, já que mesmo nos sete anos seguidos de vida que lhe restavam antes da tragédia no Ville de Boulogne não buscou publicá-la.


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