Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros [12-03-2016]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 103 : [PDF +- p.
422] “Outro tema corrente, o da
amada inaccessível, brilha na excelente
‘Partida’, onde encontramoscomo que a prefloração de um poema de Manuel
Bandeira: ”[...]
até a p. 105 : [PDF +- p.
425] [...] “ quando Bernardo e Aureliano estavam no 2º,
Álvares de Azevedo no 1º ano.”
Na parte final do subitem “Otaviano, burguês
sensível”, para comprovar a boa lavra da mediania de Francisco Otaviano, Antonio
Candido destaca ainda “Partida”, um poema que pode ser visto como uma prefloração
de Manuel Bandeira:
Por que foge a minha estrela,
Se no exílio em que me achava
O prazer que me restava,
O meu prazer era vê-la?
Por que foge a minha estrela?
[...]
Entretanto, a alegada vocação que o poeta lamentava
ter trocado pela carreira de homem público, na verdade não existia. Prova disso
é que o seu melhor conjunto de poemas está nas traduções, por onde o poeta se
limitou ao que tinha de melhor: gosto, ouvido, plasticidade. Entre todas as
grandes obras da literatura ocidental que traduziu, Antonio Candido observa,
como exemplo, que não conhece tradução mais perfeita que a do relato de Otelo ao Conselho, realizada por Francisco
Otaviano ainda estudante. Enfim, trata-se, segundo o crítico, de um “poeta
de raça”, que merece maior atenção.
Cardoso de Meneses
João Cardoso de Meneses e Sousa, que viria a ser o
Barão de Paranapiacaba, já é um caso mais difícil de engolir. Nem merece
atenção o que escreveu na velhice: “uma incrível adaptação de Os Lusíadas, o pavoroso A Virgem Santíssima – Poema em 8 Carmes,
com retificações teológicas do Cardeal-Arcebispo”, ou abundantes versinhos de
circunstância. Entretanto, no decênio de 40, foi precursor dos românticos e
apontou rumos como melancolia, isolamento, cenas históricas e certo indianismo
com vocábulos que pretendeu autênticos. Assim, por exemplo, seu poema “A Serra
de Paranapiacaba” pode ser visto como um parente pobre e mais velho, precursor
de “O Gigante de Pedra”, de Gonçalves Dias. O que há nele de melhor talvez seja
circunstancialmente um soneto bestialógico em réplica a Bernardo Guimarães:
Era no inverno. Os grilos da Turquia,
Sarapintados qual um burro frito,
Pintavam com estólido palito
A casa do Amaral e Companhia.
Amassando um pedaço de harmonia,
Cantava o “Kyrie” um lânguido cabrito,
E fumando, raivoso, enorme pito,
Pilatos encostou-se à gelosia.
Eis, súbito, no céu, troveja um raio;
E o pobre Ali Pachá, fugindo à chuva,
Monta depressa num cavalo baio.
[...]
Desespero, sarcasmo,
piada caracterizam sua aproximação com a 2ª. fase do romantismo, quando acabava
o curso de Direito, enquanto Bernardo Guimarães e Aureliano Lessa estavam no 2º
ano e Álvares de Azevedo no 1º.
Nenhum comentário:
Postar um comentário