sábado, 28 de setembro de 2013



Lígia Mychelle de Melo





Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima






Lígia Mychelle de Melo  [28-9-2013]



Edição: Martins, 1971, Vol. 2:  
da p.11:  [subtítulo] Um grupo em Paris
até a p. 13: [...]”o complexo Schelegel-Stäel-Humboldt-Chateaubriand-Denis.”



Nesse subtópico, Antonio Candido chama a atenção para um grupo liderado por Domingos José Gonçalves de Magalhães e formado por Manuel de Araújo Porto- Alegre, Francisco de Sales Torres Homem, João Manuel Pereira da Silva e Cândido de Azeredo Coutinho que, entre os anos de 1833 a 1836, em Paris, começa a produzir uma literatura nova, uma vez que esse grupo travou contato com as novas tendências literárias. Coube a Magalhães o papel de definir, a partir de tais tendências, uma literatura para o Brasil, que fosse capaz de representar o momento de independência político-social pela qual nosso país passava.

Tendo em vista que não foi feita uma pesquisa sistemática sobre a estadia de tal grupo em Paris, Candido observa que acompanhar o percurso de sua aderência ao movimento romântico é impossível, embora ele suponha que foi Manuel de Araújo Porto-Alegre o primeiro a ter os vislumbres através do poeta português Almeida Garret. Já no ano de 1834 foi feita uma comunicação sobre a cultura brasileira ao Instituto Histórico de Paris. Essa comunicação, documento precioso e ponto de partida para a literatura nova, teve o incentivo de Eugène de Monglave e foi publicada na respectiva revista, contando com a participação de Magalhães na área da literatura, de Torres Homem nas ciências e de Porto-Alegre nas belas artes.

Mas, o passo decisivo para a fomentação do Romantismo brasileiro foi a Revista Niterói, a qual contou com Monglave para a divulgação pelo mundo culto da França. Nessa revista brasiliense de Ciências, Letras e Artes, cuja epígrafe era “Tudo pelo Brasil, e para o Brasil”, os jovens rapazes já citados trataram de escrever sobre literatura, música, direito, economia, astronomia e química. Os estudos críticos feitos por Magalhães e por Pereira da Silva findaram por constituir o ponto de partida para a teoria do nacionalismo literário.



Um comentário:

Base de Pesquisa Formação da Literatura Brasileira disse...

Bethânia comentou em 3-10-2013 a leitura de Lígia de 28-9-2013:

Eu confesso que gostei quando vi, no subtópico “Um grupo em Paris”, Antonio Candido reforçando que "Só se pode falar todavia de literatura nova, entre nós, a partir do momento em que se adquiriu consciência da transformação e claro intuito de promovê-la, praticando-a intencionalmente".

Esse trecho parece instigar e mostrar que mesmo com poucas informações sistematizadas, o grupo que estava inclinado para estudar e buscar novidades para a literatura brasileira alcançou algum resultado.

A leitura de Ligia aborda e detalha a ação desse grupo que estava em Paris e tentava através dos estudos e outras iniciativas mudanças para a arte literária do país. Mudanças que apresentassem impactos, por isso a comparação entre o sistema político, o desejo era algo de impacto literário assim como foi a Independência para o país.

O surgimento de revistas e suas produções acabam mostrando que "há no Brasil uma comunidade literária, um conjunto de manifestações do espírito provando a nossa capacidade e autonomia em relação a Portugal", como o próprio Candido ressaltou. Os assuntos trabalhados eram os considerados “locais”:o patriotismo, o sentimento religioso e o indianismo.

E para registrar, eu vou confessar a necessidade de continuar estudando e tentar entender certas “minúcias” e “entrelinhados” desse período... como romper com certo modelo literário e buscar fazer algo inovador para o país, tendo como “berço” inspirador a França?! Trabalhar com o indianismo, sentimento de pertencimento religioso não seria algo tradicional?!