segunda-feira, 2 de setembro de 2013


Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva




Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães






Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva [31-8-2013]



Edição: Martins, 1971:

da p. 310: “Entretanto, num escrito onde colaboram ambos e mais um dos Queiroga”[...]

até a p. 313: [...] [final do volume I] “que ele não sabia o que podia ser, mas cuja necessidade pressentiu.”




Travada toda uma discussão entre as tendências clássica e reformadora, Candido deixará evidente uma contradição no espírito dos escritores da Academia: o desejo pela renovação estética sentido com a mesma intensidade do temor ante as novidades do recém-chegado Romantismo.

Esse desejo/temor surge em meio a uma fase de transição, quando os escritores brasileiros buscavam imprimir em suas produções uma marca, de fato, original, nacionalista, porém ainda é perceptível o arrastar de correntes do conservadorismo clássico. Leia-se: impregnado da educação retórica do Classicismo, subordinado às regras aristotélicas e horacianas, entre outras. A verdade é que o espírito moderno exigia uma ruptura com esses fantasmas pré-estabelecidos.

Para melhor exemplificar esse clima de tensão em face da inevitável ruptura, Candido traz à luz uma declaração publicada na Revista da Sociedade Filomática, cujo teor destila uma crítica ao poema Camões, de Almeida Garret, que, segundo a publicação, apresentava um “plano defeituoso”, visto que não oferecia ao leitor uma espécie de “roteiro”, um plano geral do que seria tratado, dando lugar à indisciplina estética ante o modelo clássico até então vigente, que exigia o culto à razão, à natureza, à verdade.

Candido faz alusão a esse poema e cita o comentário, porém, se fizermos uma leitura cuidadosa dessa produção poética, entenderemos facilmente o motivo para tanto furor por parte da crítica. Garret decidiu abandonar o velho modelo para dar lugar ao ímpeto criativo, nacionalista, romântico, uma afronta aos poetas clássicos, se considerarmos o Camões remodelado e imerso em uma fantasia melancólica e nostálgica que nos é presentado no poema. Esse personagem ressurge, sob a ótica garrettiana, não por ter escrito Os Lusíadas, mas para ter seu lado obscuro exposto: o seu padecer em virtude de amores funestos. A provocação já se inicia no prefácio, quando Garret reconhece não ter obedecido “a regras nem a princípios”, não ter consultado “Horácio nem Aristóteles”.

O crítico brasileiro admite que não há um trabalho expressivo produzido pelo grupo da Filomática, no que tange a inovações estéticas, exceto por um nome: Firmino Rodrigues Silva, cuja produção foi curta (Seis únicas poesias publicadas), porém suficiente para elevá-lo ao patamar de fundador da poesia nacional indianista (Conferir o poema Nênia, de 1837), tendo sido reconhecido por Álvares de Azevedo e José de Alencar pela sua originalidade.



Se, por um lado, Firmino teve uma carreira poética meteórica, por outro, alcançou o lugar de precursor do Romantismo, visto que conseguiu revisitar a imagem do índio, imprimindo nela o tom melancólico e patriótico.


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