domingo, 25 de agosto de 2013

Kalina Naro Guimarães




Kalina Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas








Kalina Naro Guimarães   [17-8-2013]


Edição: Martins 1971:

da p.308:   “ Como se sabe Silvio Romero procurou discernir”[...]
até a p. 310:  [...] “liberta da imitação servil dos clássicos e atenta às sugestões     
                                                                                                                 locais.31


Antonio Candido inicia seu texto comentando a tentativa de Sílvio Romero de distinguir prenúncios do Romantismo anteriores ao grupo da Niterói. Para tanto, Romero indica, nos poetas mineiros e nos estudantes de Olinda e São Paulo, sinais da nova sensibilidade e consciência literária, fixando-se, mais tarde, na figura de Maciel Monteiro. Contudo, é nos escritos dos irmãos Queirogas que são encontrados, segundo Manuel Bandeira, indícios de um lirismo brasileiro, embora estes sejam insuficientes para animar um movimento. Isso só foi possível, na avaliação de Bandeira e com a qual concorda Candido, através da influência de Gonçalves de Magalhães, que sonhou com “um lirismo de alta envergadura, a um tempo brasileiro e universal”. Apesar de poeta medíocre, o ideário de Magalhães frutificou, a partir de seu exemplo, na consciência dos mais jovens, ficando às gerações românticas seguintes o cargo de produzir um lirismo de expressão nacional e mais próxima dos sentimentos universais.


Reconhecendo serem Magalhães e o grupo da Niterói os primeiros a acordar a consciência romântica, Candido acrescenta que, segundo Haroldo Paranhos cuja posição era compartilhada também por Sílvio Romero, as Academias de Direito de São Paulo e Olinda constituíram espaços onde foram prenunciados temas, formas e perspectivas do romantismo brasileiro.


Contudo, se não parece correto que houve um prenúncio romântico na Academia de Olinda, em São Paulo, entretanto, a Sociedade Filomática, agrupamento literário que reunia alunos e professores, deu sinal de algo novo, apesar de a revista ter publicado apenas dois ou três números. Destacam-se as figuras de Francisco Bernardino Ribeiro, Justiniano José da Rocha, Antonio Augusto Queiroga e José Salomé Queiroga, cujos versos, ainda que pouco expressivos, foram os mais fecundos deste grupo.


No plano crítico, duas posições dissonantes marcaram a ambivalência do grupo, conforme Candido. De um lado, Bernardino obedeceu ao apelo do nacionalismo, rejeitando o português colonizador, a tal ponto que, para não reconhecer a novidade romântica de um Garrett, o autor não só aconselha a imitação dos ingleses e franceses como também adere à tradição clássica. Por outro lado, Justiniano Rocha, no Ensaio crítico sobre a Coleção de Poesias do Sr. D. J. G. Magalhães, defendeu a perspectiva de Garret, constituindo-se, segundo José Aderaldo de Castelo, num possível precursor das ideias românticas no Brasil, ao atentar para a necessidade de uma literatura nacional cuja forma incorporasse a atmosfera local, desvencilhando-se da imitação dos clássicos.

 




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