sábado, 15 de novembro de 2008

Ligia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Massimo Pinna
Peterson Martins
Renan Marques Liparotti
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Aldinida Medeiros Souza
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Carmela Carolina Alves de Carvalho
Cássia de Fátima Matos dos Santos
Edlena da Silva Pinheiro
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Kalina Naro Guimarães

2 comentários:

Anônimo disse...

Marcos, 15-11-2008

-1. Qual é o soneto de Tenreiro Aranha [quem?!! p.54] sobre a mameluca Maria Bárbara e o que significa a respeito dele "situação de Lucrécia" [p.54]?

-2. O que significa "ideal horaciano da mediocridade áurea" [p.56] ?

Anônimo disse...

Cassia Matos 24-11-2008
Caros colegas,

Tentando contribuir com a pergunta de Marcos, segue o soneto de Tenreiro Aranha. A situação que envolve Lucrécia é que esta foi assediada por Sexto Tarquínio, filho do rei Tarquínio, na Roma antiga, mas não se rendeu ao safado, que a ameaçou de matá-la e colocar ao seu lado um escravo nu, levando-a à desonra. Pois bem, ela não se deixa vencer e, após se safar da situação, conta tudo ao marido e em seguida se mata com uma facada no coração. Tudo isso defendendo a honra. Pois bem, eis o mote que o poeta usa e Candido faz o link. Confere Marcos? (Meu Deus, eu só fico pensando que se fosse nos dias de hoje ela teria dado era uma facada no filho de rei e não se matado, não é mesmo?)

PS: nem pensem que eu sou erudita, visitei a internet que nos passa tudo num click. Abraços.



Soneto

A parda Maria Bárbara, mulher de um soldado, cruelmente assassinada, porque preferiu a morte à mancha de adúltera.

Se acaso aqui topares, caminhante,
Meu frio corpo já cadáver feito,
Leva piedoso com sentido aspeito
Esta nova ao esposo aflito, errante...

Diz-me como de ferro penetrante
Me viste por fiel cravado ao peito,
Lacerado, insepulto, e já sujeito
O tronco feio ao corvo altivolante:

Que dum monstro inumano, lhe declara,
A mão cruel me trata desta sorte;
Porém que alívio busque a dor amara.

Lembrando-se que teve uma consorte,
Que, por honra da fé que lhe jurara.
À mancha conjugal prefere a morte.

Tenreiro Aranha